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Comédia "Para Todos os Garotos Que Já Amei" é nova aposta da Netflix

Longa tem um diferencial ao trazer uma protagonista que é uma americana meio coreana, meio caucasiana e trata das dificuldades da adolescência

Lara Jean é uma adolescente que gosta de assar cupcakes e escreve cartas para todos os meninos que amou (Netflix / Masha Weisberg/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 12h36.

Los Angeles - As comédias românticas estão de volta - pelo menos na Netflix . Um exemplo é "Para Todos os Garotos Que Já Amei", baseado no livro de Jenny Han e dirigido por Susan Johnson, que entra no ar no serviço de streaming. "Quando você vê que vai ser um lançamento em 170 países no mesmo dia, isso faz com que decida na mesma hora", disse a diretora em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, em Los Angeles. "Isso é energia coletiva. Se você estiver numa pequena vila ou num pequeno país, vai assistir na mesma hora que alguém em Nova York ou Londres. É algo poderoso e incrível."

"Para Todos os Garotos Que Já Amei" vai na linha dos adorados filmes de John Hughes dos anos 1980, tratando das dificuldades dos adolescentes acerca de escola, família, amigos e amores. Lara Jean (Lana Condor) é uma adolescente com um pé no antigamente: gosta de assar cupcakes e escreve cartas para todos os meninos que amou, incluindo - drama! - Josh (Israel Broussard), o atual namorado de sua irmã mais velha, Margot (Janel Parrish).

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Achando que está ajudando sua irmã, a caçula Kitty (Anna Cathcart) resolve enviar as cartas para os garotos, o que causa um caos na vida de Lara Jean. Para evitar problemas com Josh, ela resolve inventar que está namorando um dos que receberam as cartas, Peter (Noah Centineo), que aceita ir em frente com o fingimento para fazer ciúme na ex. Dá para imaginar o que acontece - as comédias românticas não são conhecidas pela imprevisibilidade, afinal.

Mas "Para Todos os Garotos Que Já Amei" não é só sobre "crushes", como dizem as adolescentes. As irmãs têm um relacionamento amoroso e próximo, o pai (John Corbett), que cuida das três sozinho desde que a mãe delas morreu, é compreensivo. No fundo, é o que os americanos chamam de "feel good movie". "É uma fuga. Há loucura demais na nossa vida, é bom estar num lugar feliz", disse a diretora. "Achei que a história era doce e esperançosa e precisamos mais disso no mundo agora."

O longa também tem um diferencial ao trazer uma protagonista que é uma americana meio coreana, meio caucasiana. É um movimento que parece ganhar força (vide Podres de Ricos, com elenco inteiramente de origem asiática, que estreia esta semana nos Estados Unidos e tem previsão de lançamento nos cinemas brasileiros para novembro). "Outras culturas têm tido mais destaque. Agora é hora dos de origem asiática. Estou empolgada para ver."

Apostar na diversidade pode ser uma saída para renovar um gênero que parecia preso a fórmulas do passado. Para ser fiel à cultura, Susan Johnson fez bastante pesquisa e consultou a autora, Jenny Han, para saber o que a casa de uma família mista teria - uma panela de arroz elétrica, por exemplo, era fundamental. "Só não foi possível ter atores exclusivamente de origem coreana, tivemos de misturar um pouco, simplesmente porque não há tantos atores de origem coreana disponíveis. Conforme crescer a demanda por eles, teremos mais atores mestiços à disposição", disse a diretora, que espera a compreensão dos espectadores.

Ela fez questão de acrescentar que, depois de fazer o dever de casa, precisou esquecer de tudo. "Queria que fosse uma história universal. O fato de ela ser meio asiática não influencia suas decisões. Mas é preciso fazer comédias românticas mais inclusivas", acrescentou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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