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Cinquenta anos depois de "Dr. No", mundo celebra James Bond

Às 0h07 de Londres, a música tema do próximo filme de James Bond, "Skyfall", interpretada pela diva do soul britânica Adele foi divulgada na internet


	O ator Sean Connery, consagrado pelo papel do agente 007, posa em Cannes: o agente mais famoso do MI6 tem resistido aos levantes históricos e culturais do mundo
 (©AFP / -)

O ator Sean Connery, consagrado pelo papel do agente 007, posa em Cannes: o agente mais famoso do MI6 tem resistido aos levantes históricos e culturais do mundo (©AFP / -)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 14h28.

Londres - A estreia de "007 Contra o Satânico Dr. No", no dia 5 de outubro de 1962, foi o pontapé inicial para as aventuras cinematográficas de sucesso do agente secreto britânico a serviço de Sua Majestade, universalmente comemorado nesta sexta-feira, 50 anos depois.

Às 0h07 de Londres, a música tema do próximo filme de James Bond, "Skyfall", interpretada pela diva do soul britânica Adele foi divulgada na internet, dando início a uma série de eventos em comemoração ao cinquentenário no que deve ser o "Dia Mundial James Bond".

A música, no melhor estilo Bond, já é a mais vendida do iTunes, a loja online da Apple.

A canção foi revelada três semanas antes do lançamento do filme de Sam Mendes, nos cinemas a partir de 26 de outubro, o último episódio de uma saga lucrativa que arrecadou em bilheteria em todo o mundo mais de 5 bilhões de dólares.

Na espera do filme, em que o musculoso Daniel Craig interpreta pela terceira vez James Bond, os fãs podem adquirir alguns objetos míticos dos filmes, vendidos pela Christie's. São mais de 40 lotes oferecidos on-line desde 28 de setembro e 10 serão vendidos nesta sexta-feira às 20h30, nas instalações da famosa casa de leilões de Londres.

O destaque da coleção é o Aston Martin DBS preto conduzido por Daniel Craig na abertura de "Quantum of Solace" (2008), durante uma perseguição em estradas italianas. O carro está avaliado entre 100.000 e 150.000 libras (entre 125.000 e 190.000 euros).

As origens de James Bond são explicadas em um documentário que estreia nesta sexta-feira. "Everything or Nothing: The Untold Story of 007" (Tudo ou nada: a história não contada de 007), dirigido por Stevan Riley, uma homenagem ao escritor britânico Ian Fleming, que inventou o personagem de Bond, mas também aos dois produtores que o lançaram no cinema: Albert R. Broccoli e Harry Saltzman.

Nos Estados Unidos, uma instalação foi inaugurada nesta sexta-feira no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), dedicado a "Goldfinger" (1964) e destinada "a capturar a sugestão sexual e a ironia" de 007. Em Los Angeles, uma noite dedicada à música dos 22 filmes de James Bond é organizada pela Academia de Artes e Ciências do Cinema.


Uma exposição, "Designing 007, 50 years of James Bond", também abre no fim do mês, em Toronto, depois de ter passado pelo Barbican Centre, em Londres.

Cinquenta anos após a sua primeira presença nas telas, o agente mais famoso do MI6 (inteligência externa britânica), um homem sedutor adepto de potentes carros e aparelhos de última tecnologia, tem resistido aos levantes históricos e culturais do mundo.

Este ícone global é visto no Reino Unido como um patrimônio nacional: prova disso foi o seu papel ao lado de rainha durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

"Boa noite, Sr. Bond", disse Elizabeth II, antes de acompanhar a sombra de um paraquedista aterrissando no Estádio Olímpico, o que causou uma forte impressão.

"A reputação de Bond, que se tornou uma marca internacional, significa que se você for dos serviços secretos britânicos, você pode ir a qualquer lugar do mundo (...), as pessoas sabem quem você é, o que você representa, uma pequena luz acende na sua cabeça: 'James Bond!' ", explicou à BBC Alan Judd, autor de romances de espionagem, que já trabalhou para o Ministério das Relações Exteriores.

A agência de turismo britânica também lançou uma campanha com o slogan "Bond is GREAT Britain", substituindo as paisagens emblemáticas do país com trechos de filmes.

"007 realizou muitas missões críticas para a Rainha e o país, por isso é legítimo usarmos seus serviços para incentivar mais pessoas a passar as férias na Grã-Bretanha", ressalta Mark Di-Toro, da VisitBritain .

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