Público da Cidade do Rock no Rio de Janeiro (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2011 às 13h31.
Rio de Janeiro - Números oficiais não foram divulgados, mas o primeiro dia na Cidade do Rock teve mais de 200 casos de furtos, a maioria de carteira e de celular, durante os shows, segundo funcionários do estande da Prosegur, empresa de segurança privada contratada pela organização. Do lado de fora, um grupo de dez pessoas foi vítima de um miniarrastão: elas esperavam na fila para entrar quando foram roubadas por menores.
Por volta de 2 horas, os funcionários do estande da Prosegur não conseguiam dar conta de todas as reclamações que chegavam. "Aproveitaram a aglomeração para chegar à Rock Street e levaram meu celular. Vou voltar porque já comprei para o dia 30, mas minha noite foi estragada", lamentava o advogado Felipe Monnerat, de 28 anos, referindo-se a um ponto de afunilamento por onde só era possível passar, à noite, bem devagar. "Não existe quase segurança aqui dentro, você pode procurar, que não acha."
O comerciante Jomar dos Santos, de 47 anos, teve a carteira levada. "Meteram a mão no meu bolso sem eu sentir, na hora do show da Claudia Leitte. Esse estande está uma loucura, já vi umas 50 pessoas reclamando em poucos minutos. Vi um cara que veio com uma calça com bolso de zíper, para se precaver, mas abriram o zíper dele", disse. "O pior é que estou tentando cancelar meus cartões e não consigo, porque meu telefone é Nextel e aqui não pega, porque a patrocinadora é a Claro."
As carteiras roubadas eram depois largadas no chão e entregues no estande. No posto da Polícia Civil em frente à Cidade do Rock, à 1 hora pelo menos 75 boletins de ocorrência haviam sido feitos (muita gente não quis esperar para registrar o furto). Policiais disseram que a situação era de "caos". Não se sabe se os furtos foram cometidos por pessoas que já estavam na Cidade do Rock e se aproveitaram dos momentos de maior concentração de público ou se por ladrões que roubaram gente do lado fora e entraram com seus ingressos. Os casos estão tratados como "pontuais".
A Prosegur tinha cerca de 500 funcionários trabalhando, mas nem todos fazendo papel de vigia. A Polícia Militar, que até as 12 horas de ontem não havia divulgado números de registros, tinha em seu esquema de policiamento a previsão de 673 policiais, 135 carros e 10 motos do lado de fora da Cidade do Rock, em dois turnos (desde as 10 da manhã até o fechamento dos portões). Na Avenida Salvador Allende, esse contingente parecia bastante reduzido.