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Christian Dior volta a ganhar destaque com reedição de sua autobiografia

A autobiografia foi reeditada com a intenção de exaltar a trajetória do homem cuja faceta pessoal e profissional orbitava em torno da mesma obsessão: a moda

Em 'Christian Dior & Moi', da editora Librairie Vuibert, o leitor é convidado a conhecer todos os cantos do ateliê exclusivo da Avenida Montaigne
 (Wing: Wikimedia Commons)

Em 'Christian Dior & Moi', da editora Librairie Vuibert, o leitor é convidado a conhecer todos os cantos do ateliê exclusivo da Avenida Montaigne (Wing: Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 14h45.

Paris - O estilista Christian Dior, em um inesperado gesto de transparência e sinceridade, expôs suas memórias, reeditadas nesta terça-feira, para exaltar toda a indústria que envolve o mundo da moda, além dos temores e ilusões da pessoas envolvidas no processo de criação.

A autobiografia de Dior, finalizada em abril de 1956, pouco antes de sua morte em 1957, foi reeditada com a intenção de exaltar a trajetória desse homem cuja faceta pessoal e profissional orbitava em torno da mesma obsessão: a moda.

Em 'Christian Dior & Moi', da editora Librairie Vuibert, o leitor é convidado a conhecer todos os cantos do ateliê exclusivo da Avenida Montaigne, que 'logo após ser construído, em 1947, começou a crescer de maneira desmesurada'. Dez anos depois, a marca Dior já ocupava vários setores do prédio e lojas em diversas partes do mundo.

Quando chegou ao mundo da moda, Dior já tinha passado dos 40 anos, 'sem outra aprendizagem a não ser a intuição e sem outro método a não ser a necessidade'. Nas páginas da autobiografia, Dior confessa que de todas suas coleções, a de abertura foi a que menos precisou de esforço e inquietação, já que a única questão que estava em jogo era sua autoestima.

O sucesso alcançado já nesses primeiros trabalhos tinha uma razão. Dior chegou com um estilo batizado como new look, que buscava resgatar a vontade de voltar à arte e aos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial, que não era 'mais do que a expressão natural e sincera da moda'.

Dior era um desenhista tímido e exigente, com mudanças de opinião até no último minuto, fazendo suas costureiras caírem em lágrimas mais de uma vez. Apesar seu perfeccionismo, o estilista não gostava de enfrentar os críticos, como um aluno teme uma prova.

O relato dedicado a sua vida pessoal não o deixa até o final, e nem sequer escapa do fluxo da moda, já que as noites loucas em Paris sempre foram válidas ao estilista como fonte de inspiração. De seu grupo de convívio figuras como Salvador Dalí.

Apesar de revelar inúmeros fatos com esta autobiografia, Dior sempre foi discreto em sua vida pessoal e profissional, advertindo que aqueles que desejam buscar fofocas e escândalos ficarão decepcionados. Isso porque, o estilista defende as confidências e as histórias de seus clientes com o mesmo zelo que seus vestidos.

Esse curioso mergulho no universo da moda, que agora já está no passado, serve para evidenciar que atrás dessa verdadeira lenda da moda havia um homem dedicado em corpo e alma a alcançar a perfeição em seu trabalho. 

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