Carro movido a célula de combustível bate recorde mundial de autonomia
Cinco pilotos se revezaram no volante do protótipo no circuito de Albi durante três dias, das 07h à meia-noite, para bater o recorde de distância de 1.360 km
AFP
Publicado em 12 de maio de 2022 às 16h53.
Última atualização em 13 de maio de 2022 às 10h44.
Um carro elétrico modificado com uma célula de combustível alimentada por biomassa e hidrogênio quintuplicou a autonomia de fábrica e bateu um recorde mundial superior a 2.000 quilômetros, constatou um jornalista da AFP.
Um Renault Zoé - veículo totalmente elétrico com autonomia de quase 400km -, modificado pela ARM Engineering, completou um trajeto de 2.055,68 quilômetros à meia-noite de quarta-feira.
Para cobrir esta distância, utilizou uma carga completa de sua bateria e um tanque com 200 litros de G-H3 - um biocombustível produzido a partir de esterco e hidrogênio -, que alimentam uma célula de combustível e geram eletricidade.
O processo, idealizado pela empresa do sudoeste francês, permite utilizar o G-H3 para reformar o hidrogênio "e criar, assim, eletricidade para alimentar a bateria", segundo Marc Lambec, seu presidente.
Cinco pilotos se revezaram no volante do protótipo no circuito de Albi durante três dias, das 07h à meia-noite, para bater o recorde de distância de 1.360 km que pertencia a um Toyota Mirai nos Estados Unidos.
O mecanismo também é adaptável para um vepiculo com motor de combustão interna. "É um veículo térmico, o dispositivo permite reduzir em 80% as emissões de CO2 e suprimir as partículas finas", afirma Marc Lambec, de 39 anos.
Lambec estimou ser necessário meio litro de G-H3 para produzir um kWh de eletricidade.