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BMW retoma produção na fábrica de Santa Catarina

Serie 3 e X1, entre outros modelos, voltarão a sair hoje da linha de montagem; resto da indústria automotiva ainda ensaia volta após parada por coronavírus

FÁBRICA DA BMW ANTES DA PANDEMIA: 50 plantas automotivas pararam suas atividades no Brasil por causa do coronavírus (Divulgação/Divulgação)

Ivan Padilla

Publicado em 4 de maio de 2020 às 06h38.

Última atualização em 4 de maio de 2020 às 18h55.

Os dois modelos da BMW que fazem mais sucesso entre o público brasileiro são o sedã esportivo Serie 3 e o utilitário esportivo X1. Pois esses dois carros, além dos X3, X4 e X5, voltarão a ser produzidos a partir de hoje na planta da montadora em Araquari, Santa Catarina . É boa notícia, para o cliente final e para a indústria automotiva, mas que está sendo noticiada com bastante cautela.

Um vídeo interno de 5 minutos, ao qual EXAME teve acesso, explica as novas condições de trabalho. No total, 30 medidas se segurança para evitar o contágio do coronavírus foram anunciadas. Os funcionários devem chegar já de uniforme e máscara. Nos ônibus corporativos, devem intercalar os assentos. Ao chegar, não podem encostar com as mãos na catraca na hora de entrar.

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Na fábrica, os colaboradores devem manter distância de um metro e meio um do outro, seguindo marcações no solo. As refeições agora são montadas individualmente e não mais servidas em esquema self service. Somente nesse momento os funcionários devem tirar a máscara. Os horários são intercalados para evitar aglomerações.

A planta de Araquari estava fechada desde o dia 26 de março. No total, mais de 50 montadoras ficaram com as atividades paradas no Brasil durante esse período. Agora, algumas começam a se preparar para a retomada das atividades. A primeira foi a Volkswagen, que reiniciou a produção de caminhões em Resende, no Rio de Janeiro, na semana passada.

Com fábricas na mesma região do Rio, Nissan, Jaguar Land Rover e PSA Peugeot Citroën seguem sem atividade. A fábrica da Mitsubishi e da Suzuki em Catalão, Goiás, deve manter as operações suspensas até 23 de maio. A Hyundai estima a volta para 26 de maio. Já a Toyota só deve retomar a produção no fim de junho.

 

Cerca de 370.000 trabalhadores de montadoras ficaram parados devido à crise. Segundo estudo da consultoria especializada Bright Consulting, a pandemia deve gerar um prejuízo de 42 bilhões de reais em 2020.

O discurso das montadoras é de uma retomada lenta, gradual. Isso porque ainda há estoque de peças nas linhas. O ritmo também dependerá da velocidade de reposição por parte dos fornecedores – e, principalmente, do ânimo do consumidor final.

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