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Biografias disputam espaço no Festival de Cinema de Toronto

A estreia de Jon Stewart é uma de várias cinebiografias aguardadas no festival de Toronto


	Cinema: festival de Toronto é considerado o pontapé inicial de uma temporada de premiações
 (ARMIE/Photopin)

Cinema: festival de Toronto é considerado o pontapé inicial de uma temporada de premiações (ARMIE/Photopin)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 11h18.

Los Angeles - Como diretor estreante, o comediante de televisão Jon Stewart jura ignorar os meandros da indústria cinematográfica. Mas, a caminho do Festival de <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/cinema">Cinema</a></strong> de Toronto esta semana, ele compartilha muitos dos sentimentos de diretores experientes: empolgação, náusea e a esperança de ter feito justiça ao homem cuja história conta no <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/filmes">filme</a></strong>.</p>

O apresentador do "The Daily Show" dirigiu "Rosewater", relato sobre a vida do jornalista Maziar Bahari e seus cinco meses de tortura e interrogatórios em uma prisão iraniana nas mãos de um homem que cheirava a água de rosas (rosewater, em inglês).

“Tive a sensação de que Maziar estava me confidenciando algo muito pessoal”, disse Stewart. “Tenho uma afeição e um respeito tremendos pelo cara, e queria fazer jus a tudo isso”.

A estreia de Stewart é uma de várias cinebiografias muito aguardadas no festival de Toronto, que acontece entre 4 e 14 de setembro e é considerado o pontapé inicial de uma temporada de premiações que culmina com a mais importante da indústria, o Oscar.

Ainda estarão em exibição a história do cosmólogo Stephen Hawking em "The Theory of Everything", um retrato de Alan Turing, decifrador de códigos na Segunda Guerra Mundial, em "The Imitation Game", e "Pawn Sacrifice", sobre o campeão norte-americano de xadrez Bobby Fischer e seu duelo de 1972 contra o rival russo Boris Spassky.

Na seara feminina, Reese Witherspoon estrela "Wild", baseado nas memórias de Cheryl Strayed, uma mulher autodestrutiva que percorreu 1.600 quilômetros de terras selvagens sozinha e a pé.

As biografias são “um chamariz para o Oscar”, diz Keith Simanton, editor do site de cinema IMDb.

“Estamos vendo mais biografias com chances reais de virarem assunto em premiações no ano que vem e chegarem às listas dos dez favoritos no final deste ano”, afirmou Simanton.

Toronto se orgulha de seu papel de árbitro inicial das principais premiações. O principal prêmio do evento, escolhido pelo público que assiste às múltiplas exibições dos cerca de 300 filmes, pode dar um fôlego extraordinário a um filme durante a temporada, como ocorreu com o vencedor do ano passado, “12 Anos de Escravidão”, drama que acabou conquistando o Oscar de filme do ano em 2014.

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