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Bienal de São Paulo começa nesta sexta-feira e reunirá 600 obras de arte

Pavilhão da Bienal, situado no parque Ibirapuera, receberá o que já se consolidou como um dos eventos artísticos mais importantes do Brasil

Cartaz da 33ª Bienal de São Paulo: sob o lema "Afinidades afetivas", a mostra terá uma curadoria composta por oito artistas (Reprodução/Divulgação)

Cartaz da 33ª Bienal de São Paulo: sob o lema "Afinidades afetivas", a mostra terá uma curadoria composta por oito artistas (Reprodução/Divulgação)

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EFE

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 12h04.

São Paulo - A 33ª edição da Bienal de São Paulo, que abrirá suas portas ao público nesta sexta-feira, reunirá 600 obras de arte de cerca de uma centena de artistas de diferentes países na busca de uma visão fragmentada e diversa do mundo, informaram nesta terça-feira os organizadores.

Sob o lema "Afinidades afetivas", a mostra traz como principal novidade uma curadoria que é coordenada pelo espanhol Gabriel Pérez-Barreiro e partilhada por outros sete artistas, que tiveram total liberdade para realizar suas exposições com a condição de incluir também suas próprias criações.

Pérez-Barreiro lidera esta forma particular de organizar a mostra com o objetivo de propor uma alternativa ao sistema de curadoria centralizado que domina o circuito contemporâneo e que busca um diálogo entre a obra do artista-curador e o resto das criações expostas em seu espaço.

A ideia era "não trabalhar com nada predeterminado" e "criar uma polifonia de experiências dentro da Bienal", segundo expressou o espanhol na entrevista coletiva de apresentação, realizada hoje em São Paulo.

Em sua opinião, centralizar toda uma mostra na figura de um único curador pode gerar uma "perda de diversidade", além de uma "potencial instrumentalização da arte", na qual o artista "parece estar no final desse processo e é o ator menos importante".

Desta forma, a "fragmentação" nesta Bienal é um fato que mostra a realidade de hoje e cuja solução não "é unir as coisas", mas sim "como relacionar-nos com isso" e "tomar uma atitude a respeito".

"Isso se conecta com as redes sociais e seu efeito colateral que faz que as pessoas só se relacionem com pessoas que pensem igual a elas", comentou.

"Só se dá eco ao preconceito e aumentam as intolerâncias", razão pela qual, diante desse panorama, "a melhor proteção é aceitar a diversidade", completou.

Entre os sete artistas-curadores há quatro mulheres: a argentina Claudia Fontes, a brasileira Sofia Borges, a sueca Mamma Andersson e a americana Wura-Natasha Ogunji.

Completam a lista o uruguaio Alejandro Cesarco, o brasileiro Waltercio Caldas e o espanhol Antonio Ballester Moreno.

A 33ª Bienal de São Paulo, que terá as portas abertas até o próximo 9 de dezembro, conta com um orçamento de aproximadamente R$ 26 milhões.

De acordo com os organizadores, a expectativa é receber, durante os três meses de bienal, um milhão de pessoas, superando as 900.000 da edição anterior, realizada em 2016.

O Pavilhão da Bienal, situado no meio do parque Ibirapuera, receberá o que já se consolidou como um dos eventos artísticos mais importantes do Brasil e um dos mais antigos do mundo, cuja primeira edição foi realizada em 1951.

Além das sete exposições coletivas, Pérez-Barreiro escolheu 12 projetos individuais, três dos quais são homenagens póstumas ao guatemalteco Aníbal López (1964-2014), ao paraguaio Feliciano Centurión (1962-1996) e à brasileira Lucia Nogueira (1950-1998). EFE

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