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Ben Stiller diz ter coletado 'histórias angustiantes' de refugiados na Ucrânia

Ator e diretor americano visitou Irpin, subúrbio de Kiev particularmente atingido nos primeiros dias da invasão russa

Astro do cinema (esq.) encontrou o presidente ucraniano Volodimir Zelensky (dir.) (AFP/AFP)
A

AFP

Publicado em 21 de junho de 2022 às 14h57.

O ator americano Ben Stiller afirmou nesta terça-feira, 21, que coletou "histórias angustiantes" de refugiados na Ucrânia, após uma visita como embaixador da ONU.

O protagonista de filmes como "Zoolander" visitou o país devastado pela guerra como embaixador da agência da ONU para os refugiados (ACNUR).

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"As histórias angustiantes das pessoas que sofreram nos primeiros dias desta guerra (...) foram muito perturbadoras", afirmou Stiller em uma conversa por telefone com a AFP, enquanto viajava da Ucrânia para a Polônia.

O ator e diretor de 56 anos visitou Irpin, um subúrbio de Kiev particularmente atingido nos primeiros dias da invasão russa.

"É impossível não se sentir afetado quando você vê a destruição física desses bairros", disse Stiller.

"Tinha um menino muito novo que falava disso tudo como se fosse um filme de terror (...), sobre todos os mísseis que caíam, sem saber se tinha que ficar ou fugir", acrescentou o ator.

"É muito difícil ouvir um jovem explicar essas coisas, você percebe que os efeitos da guerra nem sempre são visíveis", acrescentou.

Stiller afirmou que se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev na segunda-feira.

"Você é meu herói", contou o ator sobre o que falou ao líder ucraniano.

"O que ele conseguiu, a maneira como uniu o país, é realmente inspirador", acrescentou.

"Ontem eu estava em uma casa quase em ruínas, na cozinha de uma mulher. Ela nos comprou alguns morangos e deixou escapar esta frase incrivelmente forte: 'temos que pensar em como seguir em frente'. É difícil não pensar no que você faria se sua casa estivesse em ruínas", comentou o ator.

Stiller serviu como embaixador da ONU na Guatemala, Líbano e Jordânia.

"O trabalho que a ACNUR e as ONGs fazem é muito importante. Esta guerra causou o deslocamento de 12 milhões de pessoas e, mesmo que a guerra termine, os problemas que ela criou continuarão por anos", apontou.

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