Batman vs Superman: Tristeza é essencial na construção do Superman, pelo diretor Zach Snyder (Facebook/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de maio de 2020 às 14h19.
Última atualização em 11 de maio de 2020 às 14h50.
Há quem reclame da tristeza do Superman de Henry Cavill - André Azenha em Batman e Superman no Cinema: Histórias, um livro de resto muito interessante sobre adaptações de HQs. Essa tristeza é essencial na construção do personagem pelo diretor Zach Snyder. Está presente em Batman vs. Superman - A Origem da Justiça, nesta segunda, 11, na Globo, às 22h40.
O filme começa pela morte dos pais de Batman, o que pode parecer mera repetição do Homem-Morcego de Christopher Nolan.
Snyder tem outra agenda. Busca o mito grego.
As tragédias de pais e filhos, de filhos e mães, de irmãos nutrem seu cinema. Batman questiona a legitimidade de Superman perante a humanidade. Lex Luthor tira proveito.
Os super-heróis brigam entre si, mas só até reverberar o pedido de Superman para que o Morcego o ajude a salvar sua mãe. Batman, que já perdeu a dele (e o pai), não resiste ao apelo. Batman vs. Superman é pura tragédia grega, um filme sobre a mãe.
Tem Ben Affleck como Batman e Gal Gadot como uma certa comerciante de antiguidades, Diana Prince. Tem Cavill, misterioso como a Garbo.
Em seu rosto hierático pode-se ler tudo, depende do espectador. Snyder não serve o Universo Marvel. Serve-se dele para criar o próprio universo de dor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.