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Banderas estreia na ficção com filme sobre decadência humana

Antonio Banderas estreia no universo da ficção científica com Autómata, filme que faz reflexão sobre a decadência da raça humana e a perda de valores


	O ator espanhol Antonio Banderas: filme não tem previsão para chegar ao Brasil
 (Rafa Rivas/AFP)

O ator espanhol Antonio Banderas: filme não tem previsão para chegar ao Brasil (Rafa Rivas/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 14h16.

Los Angeles - O ator espanhol Antonio Banderas estreia no universo da ficção científica com "Autómata", um filme que faz uma reflexão sobre a decadência da raça humana e a perda de valores, com robôs que atuam como espelhos das pessoas.

Banderas interpreta Jacq Vaucan, funcionário de uma seguradora de robôs a ponto de ser pai e que se vê envolvido em uma investigação sobre as falhas técnicas de alguns androides.

Mas o que parece um defeito comum acaba por provocar a possibilidade de a humanidade enfrentar uma nova era.

O filme, que estreia na sexta-feira nas telas dos Estados Unidos e não tem previsão para chegar aos cinemas brasileiros, usa a linguagem futurista como alegoria para abordar a perda da moral nas sociedades desenvolvidas, cada mais individualistas e isoladas.

"Os robôs são uma metáfora do que deveria ter sido o ser humano", afirma o diretor espanhol Gabe Ibáñez.

"O ser humano moral, correto, é um dos grandes temas da ficção científica", destacou.

"Os autômatos têm um comportamento moral que, quando perdem, resulta em violência".

"A violência do ser humano com outros seres humanos, com os robôs ou até mesmo o próprio entorno é um sintoma da decadência da raça humana, do declive da espécie", afirma o diretor.

Um dos exemplos mais claros da falta de valores atual é que os "humanos estão desenvolvendo robôs como máquinas para matar, ao invés de máquinas para ajudar".

Estimulado por Banderas, Ibáñez escreveu um roteiro inspirado em suas leituras de juventude, de autores emblemáticos como Isaac Asimov.

Mas o projeto terminou com uma ficção científica clássica, como as lançadas nos Estados Unidos nos anos 70, o que provocou certo receio dos estúdios.

"A presença de Antonio Banderas como produtor e protagonista foi o que concretizou o projeto, que de maneira natural nunca teria sido produzido", reconheceu Ibánez.

Banderas revelou que em alguns momentos, os sócios na produção pediam um filme "mais comercial".

"Mas eu queria que Gabe fizesse o filme que desejava, que fosse fiel a seus princípios", disse o ator espanhol, de 54 anos.

Após quatro anos de produção, "Autómata" chega aos cinemas em busca de um público especializado, amante do gênero e aberto a novas ideias.

O elenco do filme conta ainda com Melanie Griffth como a doutora Dupre e com o vencedor do Oscar Javier Bardem, que empresta a voz a um robô e que recebeu um agradecimento público de Banderas pelo envolvimento com o projeto.

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