Azeite brasileiro é eleito um dos 10 melhores do mundo por guia espanhol
Essa é a primeira vez que um azeite brasileiro figura na lista do top 10 entre os 100 melhores do mundo
Julia Storch
Publicado em 28 de abril de 2022 às 17h11.
Última atualização em 28 de abril de 2022 às 17h15.
Na premiação do concurso espanhol EVOOLEUM, realizado ontem (28), o azeite da marca Sabiá conquistou um novo reconhecimento internacional, entrando para a lista dos 10 melhores do mundo. A premiação é organizada há 20 anos pela editora espanhola Mercacei e pela Associação Espanhola de Municípios Olivais (AEMO), e essa é a primeira vez que um azeite brasileiro figura na lista do top 10 entre os 100 melhores do mundo.
A marca brasileira já foi premiada como o Melhor Azeite Médio Frutado do Mundo, pelo Guia Italiano Lodo Guide, e como Melhor Azeite do Hemisfério Sul, prêmio máximo de um dos concursos mais respeitados e rigorosos da olivicultura, o italiano Leone D´Oro.
A produção, na cidade de Santo Antônio do Pinhal, na Serra da Mantiqueira, conta com variedades Arbequina (80 reais a 100 reais, 250ml) e Arbosana (80 reais a 100 reais, 250ml), de origem espanhola e Koroneiki (80 reais a 100 reais, 250ml), da Grécia, que dão origem a azeites monovarietais, ou seja, extraídos de frutos de apenas um tipo. Além destes, há o Blend Especial (80 reais a 100 reais, 250ml), que resulta em um azeite equilibrado, aromático e frutado.
A história do Sabiá começou em 2014 com a jornalista Bia Pereira e o administrador e publicitário Bob Vieira da Costa que se encantaram pelo mundo da olivicultura e decidiram se aprofundar nos estudos sobre a história e o cultivo das oliveiras.
As duas primeiras safras, extraídas em 2018 e 2019 dos frutos colhidos em Santo Antônio do Pinhal, onde antes eram criados gados de corte, foram distribuídas apenas para a família.
Na fazenda, as azeitonas, colhidas manualmente, são levadas ao lagar em caminhões refrigerados, a fim de evitar a oxidação dos frutos. Ali, elas são armazenadas em temperatura controlada por, no máximo, 4 horas, antes de serem encaminhadas para a Mori-Tem, máquina que extrai o azeite extravirgem super premium.
“O Brasil é o segundo maior importador de azeites, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Notamos que pouco se sabe sobre os benefícios e diferenças fora do universo da olivicultura, o que permite que o azeite seja um dos produtos mais fraudados no mundo. Nossa missão é mostrar para os brasileiros que o melhor azeite não é o importado, mas sim o extravirgem premium, fresco, produzido no nosso país”, pontuam os fundadores do Azeite Sabiá.