A atleta afegã Zakia Khudadadi. (Thomas Peter/Reuters)
Reuters
Publicado em 3 de setembro de 2021 às 08h45.
Última atualização em 3 de setembro de 2021 às 09h03.
A afegã Zakia Khudadadi competiu nos Jogos Paralímpicos ontem (02) e se tornou a primeira mulher de seu país a fazê-lo desde Atenas 2004 depois de um esforço internacional secreto para ajudar a atleta de taekwondo a sair de Cabul, hoje controlada pelo Talibã.
A esportista de 22 anos e seu compatriota Hossain Rasouli chegaram a Tóquio no sábado via Paris depois que Khudadadi gravou um vídeo apelando por ajuda para deixar a capital do Afeganistão na esteira da chegada do Taliban ao poder.
Nesta quinta-feira, Khudadadi entrou na arena de competição Makuhari Messe de Chiba usando um hijab branco para a primeira luta da estreia paralímpica do esporte. Ela foi a segunda mulher a competir por seu país na Paralimpíada, que começou em 1960.
Khudadadi não falou aos repórteres depois de suas duas lutas, que perdeu. Rasouli competiu no salto à distância masculino na terça-feira. Os dois atletas disseram não querer conversar com a mídia.
"Preocupo-me com a situação no Afeganistão, mas estou muito contente de ela ter conseguido vir e competir comigo", disse a ucraniana Viktoriia Marchuk aos repórteres depois de derrotar Khudadadi na repescagem.
Não ficou claro de imediato o que os atletas afegãos pretende fazer após a Paralimpíada, mas Alison Battisson, da entidade Human Rights for All, que se envolveu em sua retirada, disse à Reuters que a Austrália lhes concedeu vistos humanitários.
No vídeo de 17 de agosto, Khudadadi disse: "Não quero que minha luta seja em vão e sem qualquer resultado."
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