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Armstrong diz que UCI encobriu o seu doping em 1999

Segundo o ciclista, o ex-presidente da União Ciclística Internacional sabia que ele se dopou antes de disputar a Volta da França de 1999

Lance Armstrong: esta é a primeira vez que o esportista cita um dirigente da UCI em uma manobra de encobrimento de doping (Spencer Platt/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 13h05.

Londres - Protagonista de um dos maiores escândalos de doping da história do esporte, Lance Armstrong afirmou que Hein Verbruggen, ex-presidente da União Ciclística Internacional (UCI), sabia que ele se dopou antes de disputar a Volta da França de 1999, mas mesmo assim decidiu ocultar o fato envolvendo o ex-atleta.

Em entrevista ao diário britânico Daily Mail, publicada nesta segunda-feira, o ex-ciclista disse que o dirigente holandês encobriu o caso de doping ao ignorar a presença da substância proibida corticosteroide em um exame. Segundo o norte-americano, a UCI aparentemente deixou em segundo plano as suas próprias normas ao aceitar uma receita médica, cuja data da mesma foi falsificada, que o autorizava a tomar corticoides.

Na época, após não receber punição da UCI, Armstrong pôde participar da Volta da França de 1999 no ano que ganhou a primeira das sete edições da prova mais tradicional do ciclismo mundial.

Na entrevista ao Daily Mail, Armstrong acusou Verbruggen de ter dito que o teste positivo para doping "era um problema grave, um nocaute para o esporte", mas que ao mesmo tempo o dirigente "precisava inventar algo" para encobrir o caso e, por isso, foi mudada a data da receita médica em questão.

A troca de data da receita médica já havia sido revelada pelo norte-americano na entrevista bombástica que deu para Oprah Winfrey, para quem admitiu que usou doping para ganhar todas as suas edições da Volta da França. Entretanto, ele nunca havia citado Verbruggen e nenhum outro dirigente da UCI em uma manobra de encobrimento de doping.


Verbruggen, que foi presidente da UCI até 2005, ainda não respondeu às declarações de Armstrong, assim como a entidade emitiu um comunicado nesta segunda-feira no qual informou que convocará envolvidos que tenham algo a dizer ou "que forneçam provas" sobre o caso de doping.

"Pedimos a todos os envolvidos que se apresentem. A investigação é fundamental para o bem-estar do ciclismo e o entendimento da cultura de doping do passado, para o papel da UCI nesta época e para encaminharmos um futuro limpo e saudável", disse o comunicado.

Suspenso pelo resto da vida por ter confessado o uso de doping ao longo de sua carreira, Armstrong ainda disse ao Daily Mail que fornecerá mais detalhes de como operava a UCI.

"Não tenho nenhuma lealdade para com eles. No fórum indicado eu direi a todos o que queiram saber. Não vou mentir para proteger esta gente. Os odeio. Me jogaram debaixo de um ônibus", disse o ex-ciclista, aparentemente em alusão ao fato de que a UCI não questionou o pedido da Agência Antidoping dos Estados Unidos de que o tirassem todos os seus títulos e pelo seu banimento do esporte.

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Em entrevista ao diário britânico Daily Mail, publicada nesta segunda-feira, o ex-ciclista disse que o dirigente holandês encobriu o caso de doping ao ignorar a presença da substância proibida corticosteroide em um exame. Segundo o norte-americano, a UCI aparentemente deixou em segundo plano as suas próprias normas ao aceitar uma receita médica, cuja data da mesma foi falsificada, que o autorizava a tomar corticoides.

Na época, após não receber punição da UCI, Armstrong pôde participar da Volta da França de 1999 no ano que ganhou a primeira das sete edições da prova mais tradicional do ciclismo mundial.

Na entrevista ao Daily Mail, Armstrong acusou Verbruggen de ter dito que o teste positivo para doping "era um problema grave, um nocaute para o esporte", mas que ao mesmo tempo o dirigente "precisava inventar algo" para encobrir o caso e, por isso, foi mudada a data da receita médica em questão.

A troca de data da receita médica já havia sido revelada pelo norte-americano na entrevista bombástica que deu para Oprah Winfrey, para quem admitiu que usou doping para ganhar todas as suas edições da Volta da França. Entretanto, ele nunca havia citado Verbruggen e nenhum outro dirigente da UCI em uma manobra de encobrimento de doping.


Verbruggen, que foi presidente da UCI até 2005, ainda não respondeu às declarações de Armstrong, assim como a entidade emitiu um comunicado nesta segunda-feira no qual informou que convocará envolvidos que tenham algo a dizer ou "que forneçam provas" sobre o caso de doping.

"Pedimos a todos os envolvidos que se apresentem. A investigação é fundamental para o bem-estar do ciclismo e o entendimento da cultura de doping do passado, para o papel da UCI nesta época e para encaminharmos um futuro limpo e saudável", disse o comunicado.

Suspenso pelo resto da vida por ter confessado o uso de doping ao longo de sua carreira, Armstrong ainda disse ao Daily Mail que fornecerá mais detalhes de como operava a UCI.

"Não tenho nenhuma lealdade para com eles. No fórum indicado eu direi a todos o que queiram saber. Não vou mentir para proteger esta gente. Os odeio. Me jogaram debaixo de um ônibus", disse o ex-ciclista, aparentemente em alusão ao fato de que a UCI não questionou o pedido da Agência Antidoping dos Estados Unidos de que o tirassem todos os seus títulos e pelo seu banimento do esporte.

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