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Após 8 anos, Jornal do Brasil volta às bancas do Rio de Janeiro

A iniciativa foi bem recebida pelos cariocas, que em poucas horas esgotaram os 40 mil exemplares da primeira edição de domingo

Jornal do Brasil (Jornal do Brasil/YouTube/Reprodução)
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AFP

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 15h08.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2018 às 15h23.

O Jornal do Brasil, fundado em 1896 e que durante décadas foi um dos meios de comunicação líder no Rio de Janeiro , voltou esta semana às bancas, depois de oito anos de difusão exclusiva na internet.

A iniciativa foi bem recebida pelos cariocas, que em poucas horas esgotaram os 40 mil exemplares da primeira edição de domingo.

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"A volta do Jornal do Brasil impresso fez um enorme sucesso", comemorou o jornal na edição desta segunda-feira, que reduziu sua impressão à que deveria ser sua tiragem habitual, de 20.300 exemplares, na primeira etapa de sua operação de retorno.

A primeira página do primeiro número estava ilustrada com um desenho do Cristo Redentor com a frase "O Rio tem solução".

Esta primeira edição tinha longas notas de políticos proeminentes, tanto do Rio como do país, entre eles o presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O projeto, que parece ir na contramão da digitalização crescente dos meios de comunicação, foi lançado pelo empresário Omar Resende Peres, de 60 anos, conhecido como "Catito", que fez fortuna na indústria naval.

A equipe inicial conta com cerca de 30 jornalistas.

"O nosso plano de negócios foi todo realizado para a venda de bancas", sem apostar inicialmente por um fluxo de rendimentos publicitários nem nos lucros, disse Resende em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Os estudos de mercado assinalaram um potencial de "50 mil a 100 mil leitores por dia" no Rio.

O JB foi um jornal de referência durante mais de um século e se destacou por sua oposição à ditadura militar. Mas suas vendas caíram aceleradamente no fim dos anos 1990, à medida que O Globo se impunha, seu adversário histórico.

Em 2010, quando optou por uma edição 100% digital, o grupo afirmou que estava "à frente do seu tempo" e até evocou razões ecológicas para renunciar ao papel.

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