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"Sinto que estou onde deveria estar", diz Angelina Jolie

Jolie fez estas declarações durante o Festival Internacional de Cinema do Camboja


	Trabalho humanitário: "Para mim, este é um momento no qual finalmente minha vida se alinhou e sinto que estou onde deveria estar"
 (Safin Hamed/AFP)

Trabalho humanitário: "Para mim, este é um momento no qual finalmente minha vida se alinhou e sinto que estou onde deveria estar" (Safin Hamed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 07h25.

Phnom Penh - A atriz, diretora e produtora Angelina Jolie disse que sente que sua vida se alinhou e que está "onde deveria estar" ao poder unir sua família com seu trabalho humanitário e artístico.

Jolie fez estas declarações durante o Festival Internacional de Cinema do Camboja, em Phnom Penh, em uma palestra voltada a jovens cineastas.

Ela estava em Siem Reap, no noroeste do país, onde dirige desde novembro o filme "First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers" (ainda sem título em português), sobre o horror vivido pela ativista cambojana Loung Ung durante o regime do Khmer Vermelho.

"Meu trabalho humanitário se uniu a minha arte e me permitiu fazer este filme junto com minha família sobre um assunto que acredito que é muito importante. Para mim, este é um momento no qual finalmente minha vida se alinhou e sinto que estou onde deveria estar", afirmou Jolie.

A atriz tem uma relação especial com o Camboja, onde adotou seu primeiro filho, Maddox, em 2002. No país, ela estabeleceu uma fundação que cuida da proteção de um parque nacional e iniciativa políticas educativas e de desenvolvimento.

Em seu novo filme, mais de mil pessoas, em sua maioria locais, atuam como figurantes, técnicos e outros trabalhos relacionados com a produção em locações que incluem os históricos templos de Angkor Wat e Bayon.

As gravações serão finalizadas em fevereiro de 2016, e o filme será distribuído pelo Netflix.

A atriz, presidente honorária do Festival Internacional de Cinema do Camboja, respondeu perguntas e dividiu experiências na palestra junto com o diretor cambojano indicado ao Oscar e coprodutor do filme, Rithy Panh, além de duas jovens promessas do cinema local.

"Neste momento, temos que construir algo, pôr uma semente na terra e esperar que um dia a árvore cresça, mas não temos escolha, viemos de uma história terrível", afirmou Panh ao ser perguntado sobre sua motivação atual como cineasta.

O Camboja perdeu a maioria de seus artistas, assim como qualquer um que não se ajustasse à utopia agrária do regime do Khmer Vermelho, que causou a morte de um quarto da população entre 1975 e 1979 devido à crise de fome, aos campos de trabalho e a execuções.

No Festival Internacional de Cinema do Camboja são exibidos mais de 130 filmes de 34 países até dez de dezembro, e neste ano o foco são os cinemas japonês, malaio e francês. 

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