Aloe Blacc e o grupo Tinariwen se apresentam em SP
Blacc é o nome artístico de Egbert Nathaniel Dawkins III, criado em seus tempos de rapper, nos anos 90
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2011 às 11h19.
São Paulo - Domingo ensolarado no Rio de Janeiro. Àquela altura, o músico americano Aloe Blacc estava mais encantado pela arquitetura da Estação Leopoldina, no centro carioca, do que pela acústica em si. "O som estava decente", resumiu ele, anteontem, em seu camarim, logo após passar o som para o show daquela noite, no festival Back2Black. "Por outro lado, esse lugar está lindo, com toda decoração feita por artistas urbanos brasileiros", referindo-se à ambientação cenográfica, especialmente produzida para o festival, assinada pela dupla paulistana Osgemeos, formada pelos badalados irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo.
Aloe Blacc é o nome artístico de Egbert Nathaniel Dawkins III, criado em seus tempos de rapper, nos anos 90. "É que todos se chamavam por outros nomes", justificou. O cantor se apresenta hoje em São Paulo, em uma versão pocket do evento, no Bourbon Street, que também terá a participação do grupo tuaregue Tinariwen. Com seu segundo disco, "Good Things", lançado no ano passado, e com o brilhante single "I Need a Dollar", Aloe se tornou o nome do soul do momento - posto ocupado, até recentemente, por Janelle Monáe e Mayer Hawthorne, que estiveram em São Paulo, em janeiro, no festival Summer Soul Festival.
O Back2Black é, aliás, o quarto festival dedicado à música black por aqui neste ano. "Acho que existem duas explicações para este boom. A indústria fonográfica gosta de seguir e explorar todas as tendências. Então, eles perceberam esse movimento. Outra coisa é a seguinte: os amantes da música precisam de canções de verdade, sem ser aquela coisa pasteurizada das rádios, com sintetizadores. É preciso instrumentos de verdade, cantores de verdade. Não dá para comer fast food todo dia, né?", observou. Filho de panamenhos, Aloe Blacc traz o soul de Stevie Wonder, Marvin Gaye e James Brown para uma cena contemporânea. É divertido, traz inovações e lembra o som dos mestres.
Sua apresentação será a mais pop da versão paulistana do festival. Vindo do deserto do norte da África, em Mali, o grupo tuaregue Tinariwen fez um espetáculo cativante na sexta-feira, mesmo dia do show de Macy Gray, na Estação Leopoldina. Mesmo que o público, naquela ocasião, não entendesse uma palavra da língua tamasheq, ou desconhecesse o estilo musical assouf, o show foi marcante. "As diferenças não são uma barreira, nunca foram", disse o baixista Eyadou Ag Leche, na banda há 10 anos - quando o Tinariwen começou a fazer turnês pela Europa, e a chamar a atenção de gente como Robert Plant (ex-vocalista do Led Zeppelin) e o produtor inglês Brian Eno. As informações são do Jornal da Tarde.
São Paulo - Domingo ensolarado no Rio de Janeiro. Àquela altura, o músico americano Aloe Blacc estava mais encantado pela arquitetura da Estação Leopoldina, no centro carioca, do que pela acústica em si. "O som estava decente", resumiu ele, anteontem, em seu camarim, logo após passar o som para o show daquela noite, no festival Back2Black. "Por outro lado, esse lugar está lindo, com toda decoração feita por artistas urbanos brasileiros", referindo-se à ambientação cenográfica, especialmente produzida para o festival, assinada pela dupla paulistana Osgemeos, formada pelos badalados irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo.
Aloe Blacc é o nome artístico de Egbert Nathaniel Dawkins III, criado em seus tempos de rapper, nos anos 90. "É que todos se chamavam por outros nomes", justificou. O cantor se apresenta hoje em São Paulo, em uma versão pocket do evento, no Bourbon Street, que também terá a participação do grupo tuaregue Tinariwen. Com seu segundo disco, "Good Things", lançado no ano passado, e com o brilhante single "I Need a Dollar", Aloe se tornou o nome do soul do momento - posto ocupado, até recentemente, por Janelle Monáe e Mayer Hawthorne, que estiveram em São Paulo, em janeiro, no festival Summer Soul Festival.
O Back2Black é, aliás, o quarto festival dedicado à música black por aqui neste ano. "Acho que existem duas explicações para este boom. A indústria fonográfica gosta de seguir e explorar todas as tendências. Então, eles perceberam esse movimento. Outra coisa é a seguinte: os amantes da música precisam de canções de verdade, sem ser aquela coisa pasteurizada das rádios, com sintetizadores. É preciso instrumentos de verdade, cantores de verdade. Não dá para comer fast food todo dia, né?", observou. Filho de panamenhos, Aloe Blacc traz o soul de Stevie Wonder, Marvin Gaye e James Brown para uma cena contemporânea. É divertido, traz inovações e lembra o som dos mestres.
Sua apresentação será a mais pop da versão paulistana do festival. Vindo do deserto do norte da África, em Mali, o grupo tuaregue Tinariwen fez um espetáculo cativante na sexta-feira, mesmo dia do show de Macy Gray, na Estação Leopoldina. Mesmo que o público, naquela ocasião, não entendesse uma palavra da língua tamasheq, ou desconhecesse o estilo musical assouf, o show foi marcante. "As diferenças não são uma barreira, nunca foram", disse o baixista Eyadou Ag Leche, na banda há 10 anos - quando o Tinariwen começou a fazer turnês pela Europa, e a chamar a atenção de gente como Robert Plant (ex-vocalista do Led Zeppelin) e o produtor inglês Brian Eno. As informações são do Jornal da Tarde.