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Alessandro Michele é o novo diretor criativo da Valentino

Fundada em Roma em 1960 por Valentino Garavani, a Valentino é uma das empresas mais reconhecidas internacionalmente

Alessandro Michele assume como diretor criativo da Valentino. (COSIMO SERENI/Divulgação)

Alessandro Michele assume como diretor criativo da Valentino. (COSIMO SERENI/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 28 de março de 2024 às 10h53.

Após 16 meses desde sua inesperada saída da Gucci como diretor criativo, Alessandro Michele foi anunciado hoje como o novo diretor criativo da Valentino.

Michele iniciará seu trabalho na marca italiana na próxima terça-feira, 2 de abril, e sua primeira coleção será Primavera/Verão 2025, que será apresentada durante a edição de setembro da Semana de Moda de Paris.

“É uma honra incrível. Sinto a imensa alegria e a enorme responsabilidade de ingressar em uma Maison de Couture que tem a palavra ‘beleza’ gravada em uma história coletiva feita de elegância distinta, refinamento e extrema graça”, disse o estilista em comunicado.

“Procuro palavras para nomear a alegria, para considerá-la, para realmente transmitir o que sinto; os sorrisos que brotam do peito, a felicidade da gratidão que ilumina os olhos, aquele momento precioso em que a necessidade e a beleza se estendem e se encontram. A alegria, porém, é uma coisa tão viva que tenho medo de machucá-la se me atrever a pronunciar seu nome.”

A escolha de Michele teve peso do CEO da Valentino, Jacopo Venturini. Os dois trabalharam juntos na Gucci, Michele ficou sete anos na direção criativa enquanto Venturini foi vice-presidente de merchandising e mercados globais.

Para sua primeira apresentação, Michele irá se aprodundar nos arquivos da marca fundada por Valentino Garavani. “Meu primeiro pensamento vai para esta história: para a riqueza de seu patrimônio cultural e simbólico, para o sentimento de admiração que ela constantemente gera, para a identidade muito preciosa dada com seu amor mais selvagem pelos pais fundadores, Valentino Garavani e Giancarlo Giammetti. Essas referências sempre representaram uma fonte essencial de inspiração para mim, e vou elogiar tal influência através da minha própria interpretação e visão criativa”, diz.

Dentro da família Kering

No ano passado, o grupo Kering, também proprietário da Gucci, anunciou a compra de 30% de participação da Valentino, por 1,7 bilhão de euros. O acordo inclui uma opção para a Kering adquirir 100% do capital social da Valentino até 2028. A transação faz parte de uma parceria estratégica mais ampla entre a Kering e o fundo do Catar Mayhoola.

Fundada em Roma em 1960 por Valentino Garavani, a Valentino é uma das empresas mais reconhecidas internacionalmente.

“Valentino é um das maiores autoridades italianas de luxo e estamos muito felizes em receber a Kering como parceira estratégica para o futuro desenvolvimento da Maison de Couture. Sob nossa administração, Valentino fortaleceu seus alicerces como uma marca de luxo altamente desejável e seguiremos reforçando a marca no próximo capítulo com Kering", disse Rachid Mohamed Rachid, CEO da Mayhoola e presidente da Valentino.

Com mais de seis décadas de história, a Valentino desenvolveu uma atraente oferta de prêt-à-porter, artigos de couro e acessórios. Hoje, a marca italiana tem 211 lojas operadas diretamente em mais de 25 países e registrou receita de 1,4 bilhão de euros e Ebitda recorrente de 350 milhões de euros em 2022.

Nos quatro anos em que ficou na direção da Gucci, Michele conseguiu criar apelo para as novas gerações ao aproximar a vestimenta da música e do universo das ruas. Em 2015, ano em que entrou, a marca faturou 3,9 bilhões de euros.

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