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A história do segundo homem a chegar ao polo Sul

Capitão Scott morreu há 100 anos, por conta de sua obsessão em chegar ao pólo Sul

Capitão foi o primeiro homem a ultrapassar a Grande Barreira de Gelo no Mar de Ross, na costa sul do continente gelado (Creative Commons)
RK

Rafael Kato

Publicado em 30 de março de 2012 às 11h49.

São Paulo - Há 100 anos morria o Capitão Robert Falcon Scott, explorador da Antártida. Foi ele o primeiro homem a ultrapassar a Grande Barreira de Gelo no Mar de Ross, na costa sul do continente gelado. Porém, ficou famoso não com suas conquistas, mas por causa de sua derrota. Morreu por conta da sua obsessão em chegar ao pólo Sul .

Quando partiu na expedição Terra Nova, em 1910, tinha certeza que seria o primeiro a atingir o polo sul. Mas o telegrama do norueguês Roald Amundsen mudou o seu destino. A mensagem dizia: “Eu estou indo para o Sul”. Estava aberta a corrida antártica. E com clara vantagem para Amundsen, que manteve suas intenções em segredo até mesmo para os integrantes de sua tripulação, enquanto que Scott não tinha nem ideia de quem estaria no time da reta final de sua expedição.

As trapalhadas de Scott, suas ordens confusas e crença de que ficaria rico foram a sua ruína. Quando, finalmente, chegou ao polo sul, descobriu que Amundsen havia chegado ali um mês antes. No retorno, como não havia cães suficientes para puxarem o trenó (e nem para saírem atrás de ajuda), Scott sucumbiu a uma nevasca. O capitão escreveu em seu diário:

“Corremos riscos, sabíamos que correríamos; mas os fatos se voltaram contra nós e não há motivo para reclamar. Devemos reverenciar a vontade da Providência, que determinou fazermos o nosso melhor até o fim. Se sobrevivêssemos, eu teria uma história para contar sobre a audácia, a resistência e a coragem dos meus companheiros que agitaria o coração de cada homem da Inglaterra”.

Não foi o primeiro. Mas o que isso importa? Sua aventura já vale a história.

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“Corremos riscos, sabíamos que correríamos; mas os fatos se voltaram contra nós e não há motivo para reclamar. Devemos reverenciar a vontade da Providência, que determinou fazermos o nosso melhor até o fim. Se sobrevivêssemos, eu teria uma história para contar sobre a audácia, a resistência e a coragem dos meus companheiros que agitaria o coração de cada homem da Inglaterra”.

Não foi o primeiro. Mas o que isso importa? Sua aventura já vale a história.

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