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9 suplementos muito usados em academias (e seus perigos)

Não basta entrar na primeira loja, comprar um pote de pó para shake e sair tomando. O uso de suplementos só deve ser feito com recomendação de um nutricionista


	Boa forma: shakes podem ser aliados ou inimigos, dependendo da forma como são consumidos
 (Divulgação)

Boa forma: shakes podem ser aliados ou inimigos, dependendo da forma como são consumidos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 16h53.

São Paulo - Dezembro chegou e quem deixou o Projeto Verão 2015 para a última hora já está correndo contra o tempo.

Na busca pelo corpão de praia, entram em jogo também os suplementos alimentares. Mas atenção: os shakes podem ser aliados ou inimigos, dependendo da forma como são consumidos.

“Nem todo mundo precisa de suplementação. Se a pessoa consegue fazer uma alimentação bacana, ela não precisará deles”, explica o nutricionista e educador físico Fernando Antônio Gonçalves Motta.

Mas, suponha que a pessoa trabalhe e entra em uma reunião que irá coincidir com o horário de um lanche da tarde, por exemplo.

Nesse caso, quando a rotina alimentar for comprometida, usar os suplementos pode ajudar.

No entanto, não basta entrar na primeira loja, comprar um pote de pó para shake e sair tomando.

O uso de suplementos só deve ser feito com recomendação de um nutricionista.

Fernando dá ficha completa dos suplementos mais utilizados pelos ratos de academia.

Veja abaixo seus usos e os problemas que podem trazer se forem mal utilizados:

1. Whey Protein

O whey é uma proteína isolada de baixa absorção retirada do soro do leite. É o suplemento com maior respaldo científico de eficácia.

As mesmas substâncias do whey podem ser encontradas nas carnes, nos ovos e nos derivados do leite. 

Ele serve para o aumento de massa magra. Mas, em excesso, pode causar uma toxicidade ao organismo, sobrecarregando os rins e o fígado.

2. Maltodextrina/dextrose

É um carboidrato de absorção rápida. “É como se fosse um pão integral, mas o corpo o absorve mais rápido por estar na forma líquida”, compara Fernando.

É usado para aumentar a energia para o treino. Porém, se a dosagem não estiver correta, a pessoa pode desenvolver uma intolerância a glicose, além de ter um ganho de peso (pode dar justamente aquela barriguinha que você está tentando aniquilar na academia).

3. Glutamina

A glutamina é um aminoácido essencial muito presente nos músculos e na circulação sanguínea.

Ela também tem ação imunológica. Sua função enquanto suplemento alimentar é ajudar na recuperação dos músculos após a atividade física, favorecendo uma reparação mais rápida dos tecidos.

Se for tomada sem orientação de um nutricionista, pode causar sobrecarga nos rins, diminuir a produção de urina, causar dores de cabeça e prisão de ventre.

4. Ômega 3

Muito presente nos peixes como salmão, sardinha e atum, na semente de linhaça, nas castanhas e nos óleos vegetais, o Ômega 3 é um ácido graxo essencial.

É antioxidante, modula processos inflamatórios e é um responsável por transportar as vitaminas para os músculos. Em excesso, contudo, pode causar hemorragias e atacar o sistema imunológico.

5. L-Arginina

Trata-se de um aminoácido não essencial encontrado nas canes, no leite, no alho, nos ovos e nos grãos.

A L-Arginina aumenta a vasodilatação, aumentando também o volume de nutrientes levados para o músculo que está sendo exercitado.

Apesar de não haver comprovação científica, ela poderia estar relacionada ao aumento de massa muscular.

O principal problema com ela, no entanto, é que a sobredose poderia causar o efeito oposto, de vasoconstrição – o que pode levar ao aumento da pressão arterial.

6. Creatina

Famosa entre os frequentadores de academias, a creatina é um nutriente sintetizado a partir de três aminoácidos: arginina, glicina e metionina.

Sua função é aumentar a massa muscular, pois disponibiliza mais energia (ATP) para o uso no exercício físico.

Porém, quando há um aumento muito grande na quantidade de consumo, os rins podem ficar sobrecarregados. Além disso, a pessoa pode começar a ter câimbras com mais frequência.

7. Termogênicos

No mundo natural, são alimentos que aceleram o metabolismo, como as pimentas, o gengibre e a canela.

No Brasil, há termogênicos feitos à base desses ingredientes, e têm sua venda liberada.

Já os produtos feitos à base de efedrina – substância com efeitos similares aos das anfetaminas – são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Dentre os principais problemas causados por eles estão os efeitos sobre o sistema nervoso central, podendo levar à dependência, a taquicardias e a problemas no coração.

Mesmo os termogênicos feitos à base de ingredientes naturais não devem ser tomados sem indicação de um nutricionista, já que muitas pessoas são sensíveis a esses alimentos e podem ter reações indesejadas.

8. BCAA

É um composto formado pelos aminoácidos valina, leucina e isoleucina. Sem ele, o corpo não produz uma proteína.

Assim, ele seria usado para auxiliar na formação de massa muscular. O problema é que esses suplementos são caros e não têm eficácia comprovada.

Além disso, seu consumo poderia ser redundante, pois o BCAA já está presente nas carnes, no leite, nos ovos e até no próprio whey protein.

9. Eletrolíticos

Os eletrolíticos são sais minerais usados na hidratação. Mas, por serem ricos em sódio, só devem ser usados durante a prática de atividades físicas intensas.

Para ser necessário o consumo de eletrolíticos, o treino precisa ter duração superior a uma hora e meia, ou o tempo precisa estar muito quente.

Em excesso, o sódio presente nos eletrolíticos pode levar ao aumento da pressão arterial.

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