Chocolate: nutricionista afirma que todos podem comer chocolate, desde que com moderação (Jamalrani/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 14h32.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2017 às 16h32.
O consumo do chocolate sempre desperta dúvidas relacionadas à saúde, especialmente entre quem tem condições como diabete e intolerância à lactose. Até mesmo certa dose de culpa acomete pessoas de olho na balança.
Mas a verdade é que todo mundo pode comer chocolate – desde que com moderação. Conversamos com a nutricionista clínica Andrezza Botelho, de São Paulo, para descobrir como deve ser essa degustação em diversas situações. Confira:
Em geral, sim. De acordo com Andrezza, o consumo deve ser moderado – por volta de 30 gramas ao dia (um tablete pequeno). A versão diet é a mais indicada, já que evita o excesso de glicose correndo pelo sangue.
“E o chocolate amargo melhora o metabolismo da glicose e reduz a pressão arterial”, completa a nutricionista. Mas, de novo: não pode exagerar. O correto mesmo é comer com a orientação de um especialista.
“Não, nenhum motivo”, crava Andrezza. Até porque, para compensar a baixa de açúcar, muitas vezes as marcas capricham em outros ingredientes, como a gordura.
Não. O chocolate zero lactose é para pessoas que possuem intolerância a esse açúcar. “Esses produtos não são direcionados a pessoas que querem perder peso, porque não necessariamente possuem menor teor calórico”, explica Andrezza.
O fato é que a lactose está no doce, mas já surge quebradinha para não causar transtornos em quem não lida bem com ela em sua forma original.
Sim, especialmente se for aeróbico. “É que o chocolate fornece bastante energia para a atividade física”, ensina a nutricionista.
Além disso, o doce concentra flavonoides, que são potentes antioxidantes. Esses elementos diminuem a formação de radicais livres durante os exercícios – em excesso, tais moléculas prejudicam nossas células.
“Uma boa opção é adicionar o chocolate à uma fruta. Sempre oriento o consumo meia hora antes da atividade física”, diz Andrezza.
Aí é melhor dispensar o doce. Por quê? A inflamação gerada pela musculação é necessária para o músculo crescer, mas, se o chocolate entrar na jogada, esse processo será amenizado devido à presença dos poderosos flavonoides.
Uma porçãozinha dele é ótima opção para matar o desejo de saborear um doce e, de quebra, aumentar o foco e a concentração durante a tarde.
Mas vale reforçar: o melhor chocolate é sempre aquele com maior teor de cacau. “Ao menos 50%”, avisa Andrezza.
Pois é. Os benefícios da guloseima estão atrelados aos flavonoides vindos do cacau. Quando esse ingrediente aparece em menor quantidade, a tendência é termos doces mais açucarados e gordurosos.
Nesse cenário, o chocolate branco seria o menos recomendado, já que não tem nadica de cacau – ele é feito com a manteiga do fruto e leite.
Este conteúdo foi originalmente publicado na Saúde.