6 novos museus ao redor do mundo que valem a viagem
Cidades como Nova York, Abu Dhabi e Cidade do Cabo ganharam novos complexos artísticos que ajudaram a torná-las ainda mais atraentes para os turistas
Guilherme Dearo
Publicado em 22 de maio de 2019 às 07h00.
Última atualização em 22 de maio de 2019 às 07h00.
The Shed (Nova York)
Inaugurado em abril deste ano, o museu colado ao parque High Line magnetiza os olhares com sua fachada futurista - o projeto é do escritório de arquitetura Diller Scofidio + Renfro em parceria com o Rockwell Group.
Ao custo de US$ 550 milhões, o complexo de oito andares tem como objetivo patrocinar a elaboração de novas obras de arte de todas áreas. São bem-vindos tanto rappers quanto pintores, tanto artistas que fazem performances quanto dançarinos e escritores.
Até 2 de junho, o espaço exibe duas instalações imersivas do pintor alemão Gerhard Richter em parceria com os compositores Steve Reich e Arvo Pärt. theshed.org
Louvre Abu Dhabi (Emirados Árabes)
Pelo direito de montar uma franquia do Louvre na capital dos Emirados Árabes Unidos a monarquia árabe desembolsou € 400 milhões. Sim, trata-se de uma franquia artística que resulta da decisão do país que se ergueu com o dinheiro do petróleo em se transformar em um polo artístico global.
Somando as parcerias firmadas com dezesseis outras instituições e museus franceses, que envolvem desde orientações até empréstimos, o investimento total do governo chega a € 974 milhões. O acordo com o Louvre vale por 30 anos e seis meses e prevê o empréstimo de obras de arte por dez anos e a exibição de mostras temporárias por quinze anos.
Inaugurada no final de 2017, a filial foi projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel. Mesmo de longe, chama atenção por sua gigantesca cúpula de aço inoxidável e alumínio formada por cerca de 8 mil estrelas entremeadas. louvreabudhabi.ae
Museu Nacional do Qatar
Mais um museu que nasceu nas pranchetas do arquiteto francês Jean Nouvel, que se valeu da rosa do deserto, encontrada nas regiões áridas do Catar, como inspiração. Aberto ao público em março de 2019, o complexo tem como objetivo “dar voz ao patrimônio do Qatar enquanto celebra seu futuro”, conforme diz o comunicado distribuído na época da inauguração.
A novidade se divide em três áreas. Uma delas aborda o período geológico que antecedeu ao dos humanos que habitam a península. Outra apresenta a vida no Qatar e uma terceira rememora a construção da nação. Objetos raros não faltam, a exemplo do Tapete de Pérolas de Baroda, confeccionado em 1865 com cerca dois milhões de pérolas naturais. qm.org.qa
Susch (Zernez, Suíça)
Inaugurado em janeiro deste ano, é o resultado da iniciativa de uma das mais importantes colecionadoras de arte da Polônia, a Grazyna Kulczyk (ela é tida também como a mulher mais rica daquele país). O museu de 1500 metros quadrados criado por ela fica numa cidade remota nos alpes suíços e ocupa o que sobrou de um mosteiro erguido no século XII.
Voltado para a arte contemporânea, dispõe de obras permanentes de artistas como a escultora polonesa Magdalena Abakanowicz, promove exposições temporárias e também residências artísticas. muzeumsusch.ch
Zeitz MOCAA (Cidade do Cabo, África do Sul)
Em funcionamento desde o final de 2017, é o maior museu dedicado à arte contemporânea da África e sua diáspora. Ocupa um antigo silo de grãos da altura de um prédio de dezenove andares que foi construído em 1921 - a repaginação coube ao escritório de arquitetura britânico Heatherwick.
Ao custo de quase US$ 40 milhões, a reforma poupou as formas arredondadas da base do antigo silo e incluiu na estrutura dezenas de vidraças chamativas. Além de galerias de arte o complexo tem um jardim de esculturas no rooftop, áreas de conservação e armazenamento de acervo avançadas, livraria, restaurante, bar e diversas áreas de leitura. https://zeitzmocaa.museum
Lego House (Billund, Dinamarca)
Criado pela marca de brinquedos com o claro objetivo de aumentar o engajamento de seus consumidores, sejam eles pequenos ou adultos, virou o principal cartão-postal da cidade.
Inaugurado em 2017, foi projetado pelo escritório dinamarquês BIG (Bjarke Ingels Group), que conseguiu dar a impressão de que se trata de um complexo erguido com aquelas peças de montar da marca em escala gigantesca.
Dentro há 25 milhões das peças pequenas. Cerca de 6,3 milhões delas foram usadas para construir uma árvore de 15 metros de altura. legohouse.com