Casual

51º melhor bar do mundo, o subterrâneo SubAstor reabre na pandemia

No subsolo do Astor, na Vila Madalena, bar famoso pelos coquetéis retoma o atendimento nesta sexta (11), só dois dias por semana e mediante reserva

A matriz do SubAstor, na Vila Madalena: só sábado e domingo, com reserva e para poucos (Divulgação/Divulgação)

A matriz do SubAstor, na Vila Madalena: só sábado e domingo, com reserva e para poucos (Divulgação/Divulgação)

DS

Daniel Salles

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 12h53.

Última atualização em 9 de setembro de 2020 às 14h49.

Como é de imaginar, os últimos meses foram para lá de indigestos para a Cia. Tradicional do Comércio, ou CiaTC, proprietária da rede de bares Pirajá e de uma porção de outras, como Bráz e Astor. Com a quarentena, o grupo se viu obrigado a interromper as operações das 42 casas que comandava até então e logo optou pelo fechamento em definitivo de quatro delas. No Rio Janeiro saíram de cena o tradicional Astor, inaugurado em frente à Praia de Ipanema há exatos dez anos, e a pizzaria Bráz da Barra da Tijuca. Em São Paulo, deixaram de existir a Ici Brasserie do Shopping Market Place e a unidade no Shopping Higienópolis da rede mais jovem do grupo, a das pizzarias Bráz Elettrica.

De julho para cá, boa parte dos empreendimentos voltou a abrir as portas para a clientela, sempre de acordo com as restrições impostas pela prefeitura de São Paulo e pelo governo paulista (algumas difíceis de engolir, como a proibição do uso das calçadas). Nesta sexta-feira (11) volta à ativa o estabelecimento que parecia fadado a reabrir só quando a pandemia estivesse completamente domada. Falamos do SubAstor da Vila Madalena, que ocupa o subsolo do Astor do bairro. Apontado como o 51º melhor bar do mundo pelo ranking The World's 50 Best Bars, o primeiro ganhou em janeiro de 2019 uma filial que virou sucesso instantâneo. Ocupa os cofres subterrâneos da antiga sede do Banespa no centro paulistano, hoje Farol Santander – daí seu apelido, Bar do Cofre. Para a reabertura da filial, no entanto, ainda não há previsão.

Fechada há cinco meses, a matriz do SubAstor volta à ativa funcionando só dois dias por semana, sextas e sábados, sempre das 17h às 22h. A capacidade está limitada a 34 clientes, é indispensável fazer reservas por meio do aplicativo Get In e não mais é possível se aboletar no balcão, só nas mesas. Para marcar o retorno, o bartender italiano Fabio La Pietra incluiu dois novos drinques no menu. O que ganhou o nome de umbu junta cachaça, vermute seco, licor de ervas, umbu e xarope. O breu branco leva bourbon, vermute branco, resina de breu branco, uma árvore da floresta Amazônica, e bitter à base de alcachofra. Cada um custa 34 reais.

Bar do Cofre: sem previsão de reabertura (Divulgação/Divulgação)

A coquetelaria no país, que hoje ombreia com as melhores do mundo, deve muito ao SubAstor. Inaugurado em 2009, o endereço sempre se obrigou a experimentar. Já serviu drinques feitos com carne seca, chá preto defumado e manteiga de garrafa, para citar alguns dos ingredientes inusitados propostos por La Pietra. Uma das criações mais recentes mistura uísque single malt, fermentado de mel, shoyu e abóbora — o fruto é cozido em cerveja ale e temperado com tomilho, alecrim e castanha de baru. Para incentivar a clientela a sair da mesmice o cardápio lista apenas as criações autorais. Todo e qualquer coquetel clássico, no entanto, é preparado pela equipe de La Pietra sem má vontade, do old fashioned aos idolatrados negroni e aperol spritz.

A empresa ao qual o SubAstor pertence completa 25 anos em novembro. A pedra fundamental da CiaTC é a assinatura do contrato de aluguel do imóvel do primeiro bar da companhia, o Original, em Moema, inaugurado em 1996. Foi fundado por cinco sócios, Ricardo Garrido, Edgard Bueno da Costa, Mario Gorski, Fernando Grinberg e Sergio de Camargo. Este trabalhava com Garrido e Bueno na Unilever. Grinberg e Garrido se conheciam da Fundação Getúlio Vargas (FGV), onde estudaram administração de empresas. Grinberg e Gorski são amigos de longa data. Novos sócios se somaram ao grupo com o passar dos anos. Em 2014, uma fatia foi abocanhada pelo fundo 2+Capital, pertencente a dois acionistas do Boticário, Artur Grynbaum e Miguel Krigsner. Estima-se que o faturamento da CiaTC – pelo menos até a pandemia – ultrapasse os 200 milhões de reais por ano.

Drinque Butiá, do SubAstor: menu inventivo (Divulgação/Divulgação)

Tirando as unidades do SubAstor e algumas dark kitchens, o grupo dispõe ainda de oito Pirajás, nove unidades da Bráz, três da Ici Brasserie, seis da Bráz Elettrica e duas do Astor. A Lanchonete da Cidade tem cinco pontos e o Original um só, assim como a Bráz Trattoria, no Shopping Cidade Jardim, e o Câmara Fria, em cima do Original. Das 38 casas que resistiram à pandemia, apenas três localizam-se fora da capital paulista, a Bráz do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, a filial desta mesma pizzaria em Campinas e o Pirajá de Alphaville. O plano de expansão está congelado por ora, mas dois novos bares cujas obras já estavam praticamente finalizadas quando veio a quarentena devem ser inaugurados o quanto antes. Vêm aí o Astor da Rua Oscar Freire e o Pirajá do Shopping Villa Lobos.

SubAstor
Rua Delfina, 163, Vila Madalena, São Paulo, tel. (11) 5555-2351.
Horário de funcionamento: sexta-feira e sábado, das 17h às 22h, somente com reserva.

Acompanhe tudo sobre:BaresDiageoGastronomiaPernod Ricard

Mais de Casual

Quanto custa viajar para as Ilhas Malvinas?

São Paulo volta a receber um torneio WTA de tênis feminino

Os 13 melhores restaurantes do Rio de Janeiro segundo ranking EXAME Casual 2025

Lady Gaga se hospeda em um dos melhores hotéis do Brasil; descubra o preço da diária