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4 coisas que todo mundo deve saber para degustar uísque

Autora de vários livros sobre a bedida, Helen Arthur dá dicas para quem deseja começar a apreciar uísque por conta própria

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 12h21.

São Paulo – A arte da degustação de bebidas não passa apenas pelos vinhos e cervejas . O uísque também tem ricas cores, aromas e sabores, que são um copo cheio para quem gosta da bebida e quer se aprofundar nela. A boa notícia é que não é necessário fazer cursos para aprender a saboreá-la, garante Helen Arthur, autora de vários livros sobre o tema.

Ela trabalhou por 25 anos nas maiores fabricantes da bebida no mundo e, recentemente, lançou no Brasil o livro “Whisky de A a Y” (Editora Gutenberg), uma espécie de guia com seus aspectos históricos e técnicos.

Por marketing pessoal, ou não, Helen afirma que um bom começo para quem quer começar a degustar uísque é comprar livros sobre o assunto. É neles que o consumidor encontrará com mais facilidade informações sobre marcas, sabores, a história da bebida e, principalmente, dados úteis para saber o que comprar e como apreciar. A seguir, ela dá algumas dicas que todo mundo deve saber antes de se aventurar na degustação.

Compra

Ao contrário dos vinhos, que ficam melhores com o tempo, o uísque não possui essa propriedade. Por isso, Helen recomenda que, para começar a degustar, o consumidor deve comprar o máximo de garrafas que puder. “Mas abra apenas duas de cada vez – por isso as miniaturas ajudam muito”, diz. De acordo com a especialista, o ideal é beber a garrafa inteira no prazo de um ano.

Nacionalidades

Apesar de os uísques escoceses serem os mais famosos por sua qualidade, outras nacionalidades também podem trazer boas surpresas. Japão, Irlanda, Canadá e Estados Unidos também produzem produtos de qualidade, sejam eles “sigle malt” (feito a partir de cevada, sem misturas) ou blends (feito com a combinação de uísques de diferentes grãos).

Se preferir a tradição da Escócia, o novo apreciador deve estudar cuidadosamente o mapa do país. “Uísques da região de Speyside tendem a ser mais doces, os da Ilha de Islay serão defumados e mais poderosos, por exemplo. Novos degustadores devem começar com uísques das regiões de Speyside, ou Highlands, ou Lowlands, para que eles conheçam os aromas e sabores aos poucos”, afirma.

E, para não cair em armadilhas, Helen recomenda aos iniciantes ter cuidado com produtos de qualidade duvidosa, como os da destilaria Bakery Hill, na Austrália, e outras fábricas da Tailândia e da China, que não possuem boa reputação na área.


Cor

Depois de escolhido e servido, a degustação começa com o olhar. A cor diz muito sobre o que está para ser ingerido. “Uma vez que você leu um pouco sobre uísque, você sabe que ele sempre amadurece em barris de carvalho, em qualquer lugar do mundo, e que precisa amadurecer por três anos para ser chamado de uísque e não ‘spirit’”, diz.

E esse processo de fabricação é denunciado pela cor do líquido. Segundo Helen, barris são geralmente feitos de carvalho americano, que dá uma coloração dourada e pálida. Mas, se ele tiver sido produzido em barris onde já foram armazenados xerez ou vinho, a cor fica mais escura.

Aroma e sabor

O próximo passo é cheirar suavemente, tomando cuidado para não direcionar demais o nariz , para não prejudicar a sensação. “Depois, escreva o que você sentiu. Se foi feno, mel, madeira de carvalho, baunilha ou o que quer que seja”, afirma Helen.

Ao tomar o primeiro gole, ela orienta a não engolir rapidamente, mas deixar o líquido rolando dentro da boca, para que a língua capte o máximo de nuances possível. E, com esse método, ainda é possível reconhecer a idade da bebida. “Quanto mais rápido você quiser engolir, mais jovem ele é, pois não amadureceu o suficiente no barril”, diz.

Assim que engolir, vale a pena anotar quais sabores foram predominantes, que provavelmente serão diferentes dos aromas percebidos antes. “Depois, acrescente um pouco de água, cheire e saboreie novamente, escrevendo suas percepções. Elas serão diferentes das primeiras”, afirma.

Com esse processo, ela garante que será possível ter uma ideia clara sobre as qualidades e os gostos. Mas, pelo fato de ser uma bebida apaixonante, Helen aconselha: “apreciadores devem se aproximar do uísque com cuidado e, por favor, não bebam demais”.

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Ela trabalhou por 25 anos nas maiores fabricantes da bebida no mundo e, recentemente, lançou no Brasil o livro “Whisky de A a Y” (Editora Gutenberg), uma espécie de guia com seus aspectos históricos e técnicos.

Por marketing pessoal, ou não, Helen afirma que um bom começo para quem quer começar a degustar uísque é comprar livros sobre o assunto. É neles que o consumidor encontrará com mais facilidade informações sobre marcas, sabores, a história da bebida e, principalmente, dados úteis para saber o que comprar e como apreciar. A seguir, ela dá algumas dicas que todo mundo deve saber antes de se aventurar na degustação.

Compra

Ao contrário dos vinhos, que ficam melhores com o tempo, o uísque não possui essa propriedade. Por isso, Helen recomenda que, para começar a degustar, o consumidor deve comprar o máximo de garrafas que puder. “Mas abra apenas duas de cada vez – por isso as miniaturas ajudam muito”, diz. De acordo com a especialista, o ideal é beber a garrafa inteira no prazo de um ano.

Nacionalidades

Apesar de os uísques escoceses serem os mais famosos por sua qualidade, outras nacionalidades também podem trazer boas surpresas. Japão, Irlanda, Canadá e Estados Unidos também produzem produtos de qualidade, sejam eles “sigle malt” (feito a partir de cevada, sem misturas) ou blends (feito com a combinação de uísques de diferentes grãos).

Se preferir a tradição da Escócia, o novo apreciador deve estudar cuidadosamente o mapa do país. “Uísques da região de Speyside tendem a ser mais doces, os da Ilha de Islay serão defumados e mais poderosos, por exemplo. Novos degustadores devem começar com uísques das regiões de Speyside, ou Highlands, ou Lowlands, para que eles conheçam os aromas e sabores aos poucos”, afirma.

E, para não cair em armadilhas, Helen recomenda aos iniciantes ter cuidado com produtos de qualidade duvidosa, como os da destilaria Bakery Hill, na Austrália, e outras fábricas da Tailândia e da China, que não possuem boa reputação na área.


Cor

Depois de escolhido e servido, a degustação começa com o olhar. A cor diz muito sobre o que está para ser ingerido. “Uma vez que você leu um pouco sobre uísque, você sabe que ele sempre amadurece em barris de carvalho, em qualquer lugar do mundo, e que precisa amadurecer por três anos para ser chamado de uísque e não ‘spirit’”, diz.

E esse processo de fabricação é denunciado pela cor do líquido. Segundo Helen, barris são geralmente feitos de carvalho americano, que dá uma coloração dourada e pálida. Mas, se ele tiver sido produzido em barris onde já foram armazenados xerez ou vinho, a cor fica mais escura.

Aroma e sabor

O próximo passo é cheirar suavemente, tomando cuidado para não direcionar demais o nariz , para não prejudicar a sensação. “Depois, escreva o que você sentiu. Se foi feno, mel, madeira de carvalho, baunilha ou o que quer que seja”, afirma Helen.

Ao tomar o primeiro gole, ela orienta a não engolir rapidamente, mas deixar o líquido rolando dentro da boca, para que a língua capte o máximo de nuances possível. E, com esse método, ainda é possível reconhecer a idade da bebida. “Quanto mais rápido você quiser engolir, mais jovem ele é, pois não amadureceu o suficiente no barril”, diz.

Assim que engolir, vale a pena anotar quais sabores foram predominantes, que provavelmente serão diferentes dos aromas percebidos antes. “Depois, acrescente um pouco de água, cheire e saboreie novamente, escrevendo suas percepções. Elas serão diferentes das primeiras”, afirma.

Com esse processo, ela garante que será possível ter uma ideia clara sobre as qualidades e os gostos. Mas, pelo fato de ser uma bebida apaixonante, Helen aconselha: “apreciadores devem se aproximar do uísque com cuidado e, por favor, não bebam demais”.

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