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Você é uma pessoa elegante? Não basta um Armani

Ser elegante é muito mais do que usar um terno bem cortado ou um tailleur novo — o duro é lembrar disso no dia a dia


	Ser elegante vai além das roupas
 (Getty Images)

Ser elegante vai além das roupas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 11h44.

São Paulo - Ser elegante vai além de saber escolher a roupa correta do dia a dia. Uma pessoa elegante nunca atrasa. Recentemente, acabei deixando de prestar solidariedade a amigos num momento de luto e tristeza porque já havia assumido um compromisso de trabalho e não queria causar transtorno aos profissionais envolvidos.

Na hora H, a empresa se atrasou em mais de 2 horas do horário combinado previamente. Levantei e fui-me embora sem dor na consciência nem receio. Não sei se já notaram que gente deselegante adora desdenhar dos clientes, negam-se a colaborar ou a socorrer algum cliente que necessite de seus serviços ou de sua orientação.

Se todos trabalharem pelo cliente, o resultado é um esforço em equipe e pessoas muito mais bem atendidas e satisfeitas com seu trabalho.  Diz o ditado popular que gosto não se discute. Mas sabemos que há consenso público sobre coisas de bom gosto e coisas que são, sim, de extremo mau gosto e vulgares.

Você decide o que quer eleger como preferência, mas, quando decide, estou certa de que sabe quando escolheu algo  de qualidade e quando escolheu algo que, definitivamente, é parte daquela lista de coisas de mau gosto — na  música, na literatura, na programação dos canais de TV.

E democracia é isso. Cada um de nós tem o direito de eleger o que nos agrada mais, e aí se incluem  as coisas de gosto duvidoso. Só que, ao fazê-lo, tenha cuidado e seja sábio ao comentar e partilhar essas suas escolhas pouco ortodoxas. Na frente de um cliente ou de um superior hierárquico da empresa, jamais.

Seu gosto musical ou suas preferências literárias de mau gosto podem acabar sendo muito ruins para a imagem da empresa e pior ainda para a sua imagem. Cada vez mais, o silêncio é um luxo que, num universo superpovoado como este nosso, é para poucos. 

Assim, faça sua parte para que consigamos estender o benefício do silêncio e da tranquilidade a mais pessoas. Fale baixo em sua  empresa, no condomínio onde você mora, no hotel onde você se hospeda.

Ouça música num volume também  baixo — afnal, seus ouvidos agradecem por poder se exercitar, e as pessoas a seu redor também lhe agradecem por não obrigá-las a ouvir um estilo de música que talvez não seja o delas. 

Comecei a lista e, por causa de espaço limitado, terei de parar por aqui. Mas espero que você refita sobre o tema e mude seus hábitos.

Célia Leão escreve sobre etiqueta corporativa. É autora de Boas Maneiras de A a Z e consultora de etiqueta empresarial.

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