Carreira

Vai trabalhar no Carnaval? Confira os direitos trabalhistas

Quem tiver que trabalhar durante a terça-feira ou antes do meio-dia de quarta-feira deve receber em dobro ou ganhar o equivalente em folga em um dia útil

Carnaval: consideram-se feriados apenas a terça-feira e a quarta-feira, até meio-dia (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Carnaval: consideram-se feriados apenas a terça-feira e a quarta-feira, até meio-dia (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 11h48.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2020 às 15h53.

Rio de Janeiro — A maioria dos trabalhadores descansa durante todo o Carnaval, mas os que mantêm a rotina de trabalho sentem que deviam ser recompensados — em bem recompensados — por esses dias de jornada.

Para esclarecer dúvidas, o GLOBO buscou informações com um especialista em Direito Trabalhista, para explicar quais são as regras para quem desempenha suas atividades normalmente nesta época do ano.

Segundo o advogado Solon Tepedino, é importante lembrar que consideram-se feriados apenas a terça-feira e a quarta-feira (somente até o meio-dia). Dessa forma, a segunda-feira é um dia normal de trabalho, sendo opção da empresa conceder a folga ao trabalhador ou não, podendo haver desconto do banco de horas.

O mesmo ocorre com a Quarta-Feira de Cinzas. Se a empresa decidir não funcionar, o funcionário não pode optar por trabalhar. Porém, não deve haver descontos de salários.

Quem tiver que trabalhar durante o feriado de terça-feira ou antes do meio-dia de quarta-feira deve receber em dobro pelas horas trabalhadas ou ganhar o equivalente em folga em um dia útil.

Quem trabalha sob regime de escala em plantão também tem os mesmos direitos. Só é preciso atenção para saber se a sua categoria tem algum acordo coletivo firmado entre patrões e empregados, que estabeleça regras diferentes.

"Com a nova lei trabalhista, o acordo em convenções coletivas e entre patrões e empregados fica acima da legislação, mas não pode ser inconstitucional, como exigir carga horária acima de 44 horas semanais", afirmou Solon Tepedino.

Acompanhe tudo sobre:CarnavalDireitos trabalhistasJornada de trabalho

Mais de Carreira

Ele deixou o kung fu para criar uma empresa que fatura R$ 150 milhões – e terá nova fábrica este ano

Como responder "Qual processo você reformularia em sua função anterior?" numa entrevista de emprego?

Como desenvolver habilidades de resolução de problemas?

"Quando você se torna líder, o sucesso tem mais a ver com o crescimento dos outros”, diz executivo