ChatGPT: gigantes do Vale do Silício defendem que saber aprender vale mais que um diploma na era da IA (Kenneth Cheung/iStockphoto)
Redação Exame
Publicado em 22 de dezembro de 2025 às 10h13.
A maioria das pessoas ainda fala com o ChatGPT como se estivesse fazendo um pedido educado a um assistente virtual: “por favor, escreva um texto sobre tal assunto”, “obrigado pela ajuda”, “poderia me dar ideias?”. Nada contra a gentileza, mas no universo da inteligência artificial, a palavra que realmente transforma uma resposta comum em uma resposta extraordinária é outra: “como”.
Sim, “como” é a palavra mágica que desbloqueia o verdadeiro poder do ChatGPT.
Enquanto perguntas diretas do tipo “escreva”, “liste” ou “crie” geram conteúdos prontos, usar a palavra “como” transforma a IA em uma parceira de raciocínio. Ela deixa de apenas entregar um resultado e passa a te mostrar o caminho — explicando etapas, sugerindo estratégias e, principalmente, ajudando você a pensar.
Veja a diferença na prática:
Sem a palavra mágica:
“Crie um roteiro de vídeo para o Instagram sobre inteligência emocional.”
Com a palavra mágica:
“Como posso criar um roteiro de vídeo para o Instagram sobre inteligência emocional que gere conexão com o público e mantenha o tom leve e didático?”
O segundo comando não apenas gera um roteiro — ele ensina você a criar o seu.
A IA tem acesso a uma quantidade absurda de informação. Mas ela só se torna realmente útil quando ajuda você a organizar, interpretar e aplicar esse conhecimento no seu contexto. Perguntar “como adaptar meu currículo para uma vaga de gerente de produtos?”, por exemplo, ativa uma resposta muito mais rica do que apenas “reescreva meu currículo”.
Outros bons comandos com "como":
“Como transformar esse texto em uma mensagem mais persuasiva?”
“Como explicar esse conceito técnico para quem não é da área?”
“Como torná-lo mais direto, mantendo a autoridade?”
“Como apresentar esse conteúdo em um carrossel de LinkedIn?”
Ao usar “como”, você treina a si mesmo enquanto usa a IA. Ganha repertório. Aprende estruturas. Entende o raciocínio por trás do que está sendo feito. Isso é especialmente poderoso para profissionais que precisam escrever, criar, negociar, ensinar ou liderar.