Carreira

Uma armadilha que “pega” muitos chefes e como não cair nela

Competir com a própria equipe é um erro mortal, segundo a coach Eva Hirsch Pontes. Mas muitos chefes ainda insistem em manter o "olhar no próprio umbigo"


	Armadilha: deixar de delegar limita a ascensão profissional de um gestor
 (Getty Images)

Armadilha: deixar de delegar limita a ascensão profissional de um gestor (Getty Images)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 06h00.

São Paulo – Com a promoção a um cargo de gestão vem junto a insegurança a respeito das novas atividades demandadas pela posição.

“Por não saber o que deve ser feito, são frequentes os casos de pessoas que, para se sentirem seguras, apostam naquilo que já sabem executar”, diz a coach executiva Eva Hirsch Pontes.

Assim, está armado o cenário que leva muitos profissionais reclamarem de seus chefes: em vez de ensinar, desenvolver e delegar, ele compete com a sua equipe fazendo o mesmo trabalho dela.

“Um erro mortal para um chefe é achar que só existe um jeito certo de fazer uma tarefa: o dele”, diz a coach executiva.

Ao deixar de delegar ele cria uma limitação para o próprio crescimento, afirma Eva. De acordo com ela, ainda assim há gestores que insistem em “manter o olhar no próprio umbigo”.

Confira alguns conselhos da especialista para não cair nesta armadilha:

1. Compreenda quais são as novas habilidades exigidas. “Na medida em que a pessoa cresce na carreira vai deixando de ser operacional e assumindo atividades estratégicas”. Ser um líder é entender que os resultados são alcançados por meio da equipe.

2. “Delegar tarefas é uma das maneiras de desenvolver pessoas”, diz Eva. Saber qual o talento de cada um é o primeiro passo para decidir quem faz o quê.

3. O propósito das atividades quem deve dar é o chefe. “É dele a visão do todo”, diz Eva. Deixe claro o que é esperado de cada uma das pessoas da equipe.

4. Passou uma tarefa? Faça o alinhamento. “Peça para o seu subordinado repetir o que entendeu que precisa fazer”, diz Eva. Há quem pule essa parte e o risco envolve retrabalho, perdas e frustrações.

5. Combine como vai ser o monitoramento das atividades. Isso inclui a frequência da verificação do andamento do projeto. Perguntar a toda hora se a tarefa foi feita é chato e estressante para o subordinado.

6. Oferecer apoio em caso de dúvida dá segurança à equipe.

7. Reconhecer o esforço e o mérito das pessoas envolvidas é essencial. Mas, para isso, é preciso saber o que significa ser reconhecido para cada um dos subordinados, segundo a coach executiva. 

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