Trabalho pela comunidade dos quilombolas
Naílde Borges da Silva nasceu em um quilombo, se formou em pedagogia e agora faz projetos para gerar renda e evitar que as comunidades quilombolas desapareçam
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 13h54.
São Paulo - Filha de agricultores, a pedagoga Naílde Borges da Silva, de 43 anos, nasceu e se criou no Quilombo de Pombal, zona rural de Santa Rita do Novo Destino, município a 220 quilômetros de Goiânia .
Nessa comunidade, fundada por ex escravos, agricultores reproduzem as tradições de seus pais, avós e bisavós, como o hábito de produzir tecidos no tear e uma culinária com raízes no tempo da escravidão, com pratos como o feijão cozido com pele de porco.
Quando Naílde ainda era menina, nos anos 70, cerca de 200 famílias viviam no quilombo. De lá para cá, a pedagoga viu essa população cair a menos da metade, pois os jovens saíram atrás de educação e trabalho.
Para reverter esse quadro, Naílde resolveu apresentar à mineradora Anglo American, instalada no município vizinho de Barro Alto, um projeto para fomentar a produção de farinha de mandioca no quilombo — produto que já era fabricado em escala industrial.
Em 2011, a mineradora investiu 170.000 reais na construção da Fábrica de Farinha Quilombola. A produção de farinha e polvilho foi multiplicada por 9, gerando emprego e renda para os moradores. Outros projetos, apresentados à Fundação Interamericana, agência do governo americano de apoio a comunidades carentes, e à Petrobras, renderam, respectivamente, 285.000 dólares e 480.000 reais para a aquisição de máquinas agrícolas.
Agora, muitos jovens têm retornado ao quilombo, animados com as perspectivas de trabalho. "Para desenvolver a comunidade, precisamos da ajuda de todos", diz Naílde.
São Paulo - Filha de agricultores, a pedagoga Naílde Borges da Silva, de 43 anos, nasceu e se criou no Quilombo de Pombal, zona rural de Santa Rita do Novo Destino, município a 220 quilômetros de Goiânia .
Nessa comunidade, fundada por ex escravos, agricultores reproduzem as tradições de seus pais, avós e bisavós, como o hábito de produzir tecidos no tear e uma culinária com raízes no tempo da escravidão, com pratos como o feijão cozido com pele de porco.
Quando Naílde ainda era menina, nos anos 70, cerca de 200 famílias viviam no quilombo. De lá para cá, a pedagoga viu essa população cair a menos da metade, pois os jovens saíram atrás de educação e trabalho.
Para reverter esse quadro, Naílde resolveu apresentar à mineradora Anglo American, instalada no município vizinho de Barro Alto, um projeto para fomentar a produção de farinha de mandioca no quilombo — produto que já era fabricado em escala industrial.
Em 2011, a mineradora investiu 170.000 reais na construção da Fábrica de Farinha Quilombola. A produção de farinha e polvilho foi multiplicada por 9, gerando emprego e renda para os moradores. Outros projetos, apresentados à Fundação Interamericana, agência do governo americano de apoio a comunidades carentes, e à Petrobras, renderam, respectivamente, 285.000 dólares e 480.000 reais para a aquisição de máquinas agrícolas.
Agora, muitos jovens têm retornado ao quilombo, animados com as perspectivas de trabalho. "Para desenvolver a comunidade, precisamos da ajuda de todos", diz Naílde.