Carreira

Trabalho flexível pode colocar mais mulheres em cargos de chefia

Pesquisa mostra que inscrições de mulheres para cargos de gestão aumentaram 20% depois que a seguradora Zurich Insurance anunciou opções de meio período

Mulheres: apesar do aumento da participação econômica nos últimos anos, as mulheres têm mais probabilidade de assumir a maioria das responsabilidades domésticas e de cuidados (Thomas Barwick/Getty Images)

Mulheres: apesar do aumento da participação econômica nos últimos anos, as mulheres têm mais probabilidade de assumir a maioria das responsabilidades domésticas e de cuidados (Thomas Barwick/Getty Images)

B

Bloomberg

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 10h50.

Última atualização em 23 de novembro de 2020 às 01h13.

O trabalho flexível pode ser a solução para empresas que buscam contratar mulheres para cargos de chefia, de acordo com novo estudo da Zurich Insurance.

As inscrições de mulheres para cargos de gestão aumentaram 20% depois que a seguradora anunciou todas as posições possíveis com opções de meio período, trabalho compartilhado ou flexível como parte da pesquisa com o Behavioural Insight Team do governo do Reino Unido.

O número de mulheres contratadas para cargos seniores aumentou cerca de 30% como resultado direto, segundo comunicado na terça-feira.

O estudo - que foi conduzido antes de a Covid-19 causar paralisações generalizadas em toda a Europa - mostra como a abordagem de trabalho mais flexível que muitas empresas adotaram durante a pandemia pode proporcionar o avanço na carreira com equilíbrio de gênero.

Apesar do aumento da participação econômica nos últimos anos, as mulheres têm mais probabilidade de assumir a maioria das responsabilidades domésticas e de cuidados.

Isso é frequentemente citado como subjacente à menor proporção de mulheres nos altos escalões das empresas e ao fato de que, em média, os homens ganham mais.

A iniciativa não beneficia apenas as mulheres. As inscrições de candidatos do sexo masculino e feminino mais do que dobraram depois que as opções foram oferecidas, segundo a Zurique.

“Isso mostra claramente que não são apenas as mulheres que têm outras responsabilidades, seja um esporte ou de cuidados, que as pessoas querem uma capacidade de trabalho um pouco mais flexível”, disse Alison Martin, CEO da Zurich EMEA, em entrevista à rádio Bloomberg.

Acompanhe tudo sobre:GestãoHome officeMulheresPandemiaReino Unido

Mais de Carreira

Lifelong learning: o segredo para crescer profissionalmente pode estar fora da sua área de atuação

Pedido para cidadania italiana ficará mais caro a partir de janeiro; entenda a nova lei

Brasileiros que se mudaram para Finlândia compartilham uma lição: a vida não é só trabalho

Como usar a técnica de Delphi para tomada de decisões