Carreira

Tecnologia domina entre empregos com melhores salários nos EUA

Treze dos 25 empregos com os melhores salários neste ano são do setor de tecnologia, contra 11 em 2017

Salários: o salário-base médio mais baixo ficou bastante acima de US$ 100.000 por ano (Ivan-balvan/Thinkstock)

Salários: o salário-base médio mais baixo ficou bastante acima de US$ 100.000 por ano (Ivan-balvan/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 15h00.

Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 15h00.

Pelo quarto ano consecutivo, o setor de tecnologia ostentou os empregos com os melhores salários dos EUA, segundo relatório anual da Glassdoor.

Treze dos 25 empregos com os melhores salários neste ano são do setor de tecnologia, contra 11 em 2017, segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira.

Dentro do setor, arquitetos corporativos, gerentes de desenvolvimento de software, gerentes de engenharia de software e arquitetos de software receberam os salários mais altos, e o salário-base médio mais baixo ficou bastante acima de US$ 100.000 por ano.

O relatório coletou dados salariais de milhões de funcionários, examinou títulos de empregos que receberam um mínimo de 100 relatórios salariais nos últimos 12 meses e usou algoritmos para estimar a mediana do salário-base anual. Os cargos de diretoria foram excluídos do relatório.

Embora os empregos em tecnologia paguem bem, o setor de saúde oferece os maiores salários no topo do espectro. Os médicos lideraram a lista dos empregados mais bem pagos nos EUA, com mediana de salários-base de US$ 195.842.

Gerentes de farmácia e farmacêuticos ficaram em segundo e terceiro lugares, com salários-base de US$ 146.412 e de US$ 127.120, respectivamente.

“Tecnologia e saúde são os dois setores que estão gerando o maior impacto na economia”, disse Sarah Stoddard, especialista em comunidades da Glassdoor. “Existe uma demanda elevada, mas a oferta para esses cargos é baixa, o que eleva os salários.”

Embora os homens tenham uma representação excessiva nos empregos mais bem pagos do país, as proporções são diferentes nos setores de tecnologia e saúde.

As empresas de tecnologia empregam mais que o dobro de homens que mulheres, segundo relatório do LinkedIn de 2017. O setor de saúde, por outro lado, tem uma proporção levemente maior de mulheres. Mas ainda há uma desigualdade salarial significativa entre as especialidades médicas.

Médicos e engenheiros têm habilidades técnicas que custam caro para os empregadores. Mas, segundo Stoddard, conhecimentos em negócios e consultoria, além de habilidades de comunicação interpessoal, ainda são valorizados no mercado de trabalho.

Os cargos de gerente de estratégia e gerente de consultoria entraram na lista dos empregos com maiores salários do país pela primeira vez neste ano.

Quase sete em cada 10 trabalhadores e candidatos a empregos afirmaram que o salário é um fator fundamental para determinar uma carreira, apontou a Glassdoor. Mas 27 por cento dos americanos afirmaram que “não têm uma ideia clara a respeito da carreira”, e cerca de um quarto disse sentir como se estivesse “em uma esteira, indo a lugar nenhum”, segundo pesquisa do LinkedIn com 2.000 profissionais, também divulgada nesta quarta-feira.

Mais da metade dos americanos empregados pretende deixar o emprego atual, segundo uma pesquisa da Gallup divulgada no mês passado. O americano médio, contudo, permanece no mesmo emprego por cerca de 10 anos. Os especialistas em contratações apelidaram esse grupo demográfico de “sonâmbulos de carreira”.

Talvez a possibilidade de ter um salário mais alto possa despertá-los.

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