Simpatizar, custar e implicar: você sabe o uso correto dos verbos?
Cada verbo tem muito a ensinar sobre regência verbal. Confira a coluna do professor Diogo Arrais
Luísa Granato
Publicado em 8 de setembro de 2020 às 14h04.
Nesta semana, o tema é Regência Verbal: simpatizar, custar e implicar. Vejamos o que esses três verbos têm a ensinar.
SIMPATIZAR
Simpatizar e seu antônimo antipatizar só serão acompanhados de pronome em possível situação de reflexividade. Caso contrário, não deve haver o uso de “me”, “nos” ou “se”, por exemplo. Na prática:
“Ele se simpatizou com aquela alma encantadora.” (Uso inadequado)
“Ele simpatizou com aquela alma encantadora.” (Uso adequado)
No entanto, se o sujeito da oração for o próprio complemento da oração, o uso do pronome torna-se possível sim. No trecho de Rego de Carvalho, há:
“Quando meninos, encontraram-se uma vez no Canela, e simpatizando-se de chofre, logo vieram a conversar.”
Em frase análoga à do Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Luft, também se percebe a voz reflexiva recíproca:
“Naquele dia, conheceram-se, abraçaram-se, simpatizaram-se.”
CUSTAR
Pede objeto direto quando significa "ter um preço”:
"Aquele vinho custou cem mil reais."
Pede objeto indireto no sentido de “ser penoso”:
"Custou-me acreditar em tantos preços baixos."
IMPLICAR
Cuidado para não usar a preposição "em". O verbo implicar pede objeto direto quando significa "acarretar”:
"O novo presidente do BC implicou prejuízos ao FMI."
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa
Fundador do ARRAIS CURSOS