Depois do inglês e do espanhol, os idiomas mais valorizados no mercado são francês, japonês, alemão, italiano e chinês | Getty Images / (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2022 às 12h00.
No processo de aprendizagem de uma língua estrangeira, o cérebro pode utilizar dois tipos de raciocínio: dedutivo e indutivo. Ambos têm seus prós e contras. Vamos explorar?
A abordagem indutiva é baseada na descoberta das regras. O movimento é de baixo para cima, no qual os alunos fazem observações específicas, detectam padrões, formulam hipóteses e tiram conclusões. As aulas são centradas nos alunos. Eles começam a estudar e descobrir a estrutura ou a regra a partir dos exemplos e encontram as respostas, eventualmente, com a contribuição do professor. O professor foca em promover muita prática oral, dar dicas e sinalizar ajustes.
Já a abordagem dedutiva é de cima para baixo, ou seja, é o método tradicional de ensino da língua estrangeira. As aulas são centradas no professor, ele faz tudo, apresenta e explica as regras, utilizando exemplos. Só depois disso, os alunos vão dar seus exemplos e fazer exercícios de fixação. Neste caso, há menos oportunidade de provocar o cérebro dos alunos.
PAPEL DO PROFESSOR | |
Abordagem Dedutiva |
Abordagem Indutiva |
O professor é o centro da aula. Ele decide o conteúdo que vai trabalhar, planeja as aulas, apresenta as regras e os exemplos em sequência antes de explicar tudo. Também responde a perguntas com o objetivo de esclarecer quaisquer dúvidas que possam existir.
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O professor é um facilitador, dando exemplos e guiando o pensamento dos alunos na direção do uso da regra. À medida que o cérebro dos alunos começa a entender, ele promove a prática oral entre os alunos, também fala de exceções às regras.
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PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS | |
Abordagem Dedutiva |
Abordagem Indutiva |
É bastante limitada. Eles são principalmente os ouvintes que fazem perguntas quando não entendem o que é explicado.
Ouvir, tomar notas e fazer exercícios são as três grandes responsabilidades que eles assumem em aula.
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Os alunos são ativos e se mantêm no centro do processo, pois o objetivo é tornar a aprendizagem mais interativa e eficaz. Os alunos são convidados a descobrir as regras por si mesmos, permitindo que os alunos façam um trabalho de preparação antes do encontro com o professor.
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A aprendizagem indutiva pode ser um desafio para os alunos acostumados, a aulas centradas no professor desde os primeiros dias da escola. Ela pode até gerar frustração. Por isso, é fundamental que os alunos entendam como aprendem melhor e que há formas mais leves e engajadoras de estudar um idioma estrangeiro. O mundo corporativo pede adultos protagonistas e que tenham ótimo raciocínio lógico.
Lígia Velozo Crispino, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas (https://www.companhiadeidiomas.com.br). Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC e extensões na área de Marketing na ESPM, FGV e Insper. Coautora do Guia de Implantação de Programas de Idiomas em empresas e autora do livro de poemas Fora da Linha. Mobilizadora cultural à frente do Sarau Conversar, cofundadora do Instituto Velô. Mentora voluntária da Fundação Éveris. Colunista da Revista VocêRH. Hobbies: aquarela e fotografia. Quer falar comigo? ligia@companhiadeidiomas.com.br.