Carreira

Quando uma mentira pode manchar sua carreira

CEO do Yahoo! teria floreado currículo acadêmico; conselho do Yahoo! investigará o caso

Thompson que assumiu o comando do Yahoo em 9 de janeiro (Divulgação/PayPal)

Thompson que assumiu o comando do Yahoo em 9 de janeiro (Divulgação/PayPal)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 10h59.

São Paulo – Até que ponto tornar seu currículo mais atraente do que ele realmente é pode manchar sua reputação? Scott Thompson, CEO do Yahoo!, poderá responder a essa pergunta em alguns dias. O executivo está sendo investigado por “florear” sua formação acadêmica no currículo.

O executivo diz ter graduação nos cursos de ciência da computação e contabilidade pela Stone Hill College. No entanto, segundo o fundo de investimentos Third Point,Thompson se formou apenas em contabilidade.

Em uma carta do fundo de investimentos para o Yahoo!, a informação é de que a Stonehill College só começou a emitir diplomas em ciência da computação em 1983 – quatro anos após a graduação de Thompson. A empresa investigará o caso.

“Nunca minta, nem no currículo e nem em uma entrevista de emprego. Não engrandeça projetos, hoje é possível cruzar dados facilmente e globalmente”, afima Marcelo Cuellar, headhunter da Michael Page.

O especialista explica que é comum achar mentiras em currículos, algumas podem até durar em um curto prazo, mas a verdade sempre virá à tona. Quando o profissional é “desmascarado”, a perda da credibilidade pode sim, interferir na carreira dele. “No mundo corporativo, a dúvida sobre a palavra do profissional permanece e há um preço a se pagar”, diz Cuellar.

Thompson é conhecido por ter transformado o PayPal em um negócio global e assumiu o cargo de CEO no ano passado, no lugar de Carol Bartez. Cuellar explica que as pessoas gravam notícias ruins. E, na opinião dele, mesmo que seja provado que ele não mentiu, a imagem pode ficar comprometida.

“Mentir a formação acadêmica, falsificar documento, é um risco que nenhum profissional devia correr”, afirma o headhunter.

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