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Quando vale a pena trocar o salário pelo pró-labore?

Para os jovens, não é um dilema. Para os mais velhos, é a decisão mais difícil

O médico paulista Luiz Tizatto se tornou sócio dos seus antigos chefes (Raul Junior / VOCÊ S/A)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 19h34.

São Paulo - "Para abrir um negócio, é preciso coragem. Se a pessoa está empregada, uma dose extra de ousadia", diz Marcelo Marinho Aidar, coordenador adjunto do centro de empreendedorismo da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Deixar o emprego para virar empreendedor significa perder, imediatamente, o salário, os benefícios, as férias pagas e os depósitos feitos pela empresa no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS ).

A decisão é mais difícil quanto maiores o cargo e o tempo de registro em carteira. Ainda assim, mais profissionais experientes têm voluntariamente saído das empresas, segundo os dados dos quatro últimos anos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho.

Parte dessa turma vira dono. A consultoria de recolocação profissional LHH|DBM, por exemplo, registrou que, entre janeiro e julho deste ano, 20% dos profissionais que a procuraram em momentos de transição de carreira resolveram abandonar a carteira assinada para criar uma empresa.

De acordo com os 20 empreendedores (todos ex-empregados) ouvidos pela reportagem da VOCÊ S/A, eles deixaram o emprego porque perceberam uma oportunidade de negócio, têm ambição de construir algo maior do que o que estavam fazendo no antigo trabalho e não encontraram espaço na empresa para novas ideias.


Antes de pedir demissão, é fundamental colocar no papel a ideia — ter um plano de negócios. Outras providências são: pesquisar o mercado, conversar com empresários bem-sucedidos e ter uma reserva financeira. "O empreendedor deve baixar seu padrão de vida no começo. O pró-labore (sua remuneração) não deve passar de 5.000 reais por mês", diz Romero Rodrigues, de 36 anos, presidente do site Buscapé e investidor-anjo, com tem aportes de 50.000 reais a 200.000 reais em oito companhias.

O chefe virou sócio

O médico paulista Luiz Tizatto, de 30 anos, ex-consultor de saúde, aproveitou as oportunidades na Global Care, último emprego com carteira assinada, para estudar gestão de negócios em Harvard, nos Estados Unidos. Voltou de lá com uma ideia e dividiu com seus chefes, que viram a chance de explorar um novo mercado.

O serviço oferece aparelhos de captura de sinais vitais, como pressão, temperatura, peso, nível de glicemia, que são conectados via Bluetooth a um receptor que transmite as informações, por internet ou rede de celular, a uma central onde os dados são analisados. Dessa forma, o paciente é monitorado 24 horas por dia, sem interrupções. A Unicare Saúde existe há dois anos e tem Luiz como presidente e seus ex-chefes como sócios.

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A decisão é mais difícil quanto maiores o cargo e o tempo de registro em carteira. Ainda assim, mais profissionais experientes têm voluntariamente saído das empresas, segundo os dados dos quatro últimos anos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho.

Parte dessa turma vira dono. A consultoria de recolocação profissional LHH|DBM, por exemplo, registrou que, entre janeiro e julho deste ano, 20% dos profissionais que a procuraram em momentos de transição de carreira resolveram abandonar a carteira assinada para criar uma empresa.

De acordo com os 20 empreendedores (todos ex-empregados) ouvidos pela reportagem da VOCÊ S/A, eles deixaram o emprego porque perceberam uma oportunidade de negócio, têm ambição de construir algo maior do que o que estavam fazendo no antigo trabalho e não encontraram espaço na empresa para novas ideias.


Antes de pedir demissão, é fundamental colocar no papel a ideia — ter um plano de negócios. Outras providências são: pesquisar o mercado, conversar com empresários bem-sucedidos e ter uma reserva financeira. "O empreendedor deve baixar seu padrão de vida no começo. O pró-labore (sua remuneração) não deve passar de 5.000 reais por mês", diz Romero Rodrigues, de 36 anos, presidente do site Buscapé e investidor-anjo, com tem aportes de 50.000 reais a 200.000 reais em oito companhias.

O chefe virou sócio

O médico paulista Luiz Tizatto, de 30 anos, ex-consultor de saúde, aproveitou as oportunidades na Global Care, último emprego com carteira assinada, para estudar gestão de negócios em Harvard, nos Estados Unidos. Voltou de lá com uma ideia e dividiu com seus chefes, que viram a chance de explorar um novo mercado.

O serviço oferece aparelhos de captura de sinais vitais, como pressão, temperatura, peso, nível de glicemia, que são conectados via Bluetooth a um receptor que transmite as informações, por internet ou rede de celular, a uma central onde os dados são analisados. Dessa forma, o paciente é monitorado 24 horas por dia, sem interrupções. A Unicare Saúde existe há dois anos e tem Luiz como presidente e seus ex-chefes como sócios.

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