Exame Logo

Posicione-se, mas depois de se informar muito bem

Você vai perceber que para tomar partido das coisas é essencial estar muito bem informado. Será que você está sintonizado?

Ilustração - Posicione-se (Bernardo França/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 19h53.

São Paulo - Eu sei, hoje em dia é muito difícil você se manter inteirado de tudo. Mesmo com a incrível facilidade de acessar informações, ainda é difícil ficar sabendo de tudo. Se você somar as notícias sobre política, economia, negócios, ciência, artes, esportes e entretenimento de um único dia, já dá para encher o HD de seu computador.

Ok, não dá para estar a par de tudo, em tempo real, mas tem um detalhe: as pessoas bem informadas são muito apreciadas, especialmente no mundo corporativo. Então, não tem jeito, deve fazer parte da rotina de um profissional que quer ter uma boa carreira saber muito de uma ou duas coisas e um pouco sobre tudo.

É o tal conhecimento em T — abrangente, com pontos de aprofundamento. O melhor exemplo de pessoa com esse perfil, entre várias que conheci, é Pitágoras.

Não o filósofo grego pré-socrático, mas um brasileiríssimo contemporâneo. Perguntei-lhe quantas eram as pessoas que faziam um comentário sobre o teorema de seu famoso homônimo quando o conheciam, e ele me respondeu com algum enfado: “Todas!”.

Mas, exceto pela coincidência do nome, Pitágoras era um sujeito antenado. Além de ser um superespecialista em detecção de águas profundas e perfuração de poços artesianos, requisitado por empresas, fazendeiros e prefeitos de todo o Brasil, o Pita (como era chamado pelos amigos, o que também o incomodava pois lembrava um político polêmico) não saía de casa sem ter lido dois jornais (ele dizia que só os colunistas), sem ter acessado um site brasileiro, um americano e um inglês, e sem ter assistido ao jornal matutino na tevê enquanto tomava seu café.

O que eu mais gostava nele é que tinha opinião, nunca ficava em cima do muro. Não fazia questão de impor seu ponto de vista, mas se posicionava e, se necessário, podia se justificar

Era capaz de explicar por que preferia os democratas nos Estados Unidos e os conservadores na Europa, por que gostava mais de Almodóvar do que de Woody Allen, tinha opinião sobre a política econômica brasileira, sobre o campeonato espanhol de futebol e sobre a dinâmica complexa do mercado de trabalho.

Era uma delícia conversar com Pitágoras. Ele era culto sem ser invasivo ou arrogante. Ao contrário, tinha um jeito meio cool, que surpreendia quando se posicionava. Soube que sua carreira agora é internacional, e não me surpreendi nem um pouco. Profissionais bem informados vão mais longe.

Veja também

São Paulo - Eu sei, hoje em dia é muito difícil você se manter inteirado de tudo. Mesmo com a incrível facilidade de acessar informações, ainda é difícil ficar sabendo de tudo. Se você somar as notícias sobre política, economia, negócios, ciência, artes, esportes e entretenimento de um único dia, já dá para encher o HD de seu computador.

Ok, não dá para estar a par de tudo, em tempo real, mas tem um detalhe: as pessoas bem informadas são muito apreciadas, especialmente no mundo corporativo. Então, não tem jeito, deve fazer parte da rotina de um profissional que quer ter uma boa carreira saber muito de uma ou duas coisas e um pouco sobre tudo.

É o tal conhecimento em T — abrangente, com pontos de aprofundamento. O melhor exemplo de pessoa com esse perfil, entre várias que conheci, é Pitágoras.

Não o filósofo grego pré-socrático, mas um brasileiríssimo contemporâneo. Perguntei-lhe quantas eram as pessoas que faziam um comentário sobre o teorema de seu famoso homônimo quando o conheciam, e ele me respondeu com algum enfado: “Todas!”.

Mas, exceto pela coincidência do nome, Pitágoras era um sujeito antenado. Além de ser um superespecialista em detecção de águas profundas e perfuração de poços artesianos, requisitado por empresas, fazendeiros e prefeitos de todo o Brasil, o Pita (como era chamado pelos amigos, o que também o incomodava pois lembrava um político polêmico) não saía de casa sem ter lido dois jornais (ele dizia que só os colunistas), sem ter acessado um site brasileiro, um americano e um inglês, e sem ter assistido ao jornal matutino na tevê enquanto tomava seu café.

O que eu mais gostava nele é que tinha opinião, nunca ficava em cima do muro. Não fazia questão de impor seu ponto de vista, mas se posicionava e, se necessário, podia se justificar

Era capaz de explicar por que preferia os democratas nos Estados Unidos e os conservadores na Europa, por que gostava mais de Almodóvar do que de Woody Allen, tinha opinião sobre a política econômica brasileira, sobre o campeonato espanhol de futebol e sobre a dinâmica complexa do mercado de trabalho.

Era uma delícia conversar com Pitágoras. Ele era culto sem ser invasivo ou arrogante. Ao contrário, tinha um jeito meio cool, que surpreendia quando se posicionava. Soube que sua carreira agora é internacional, e não me surpreendi nem um pouco. Profissionais bem informados vão mais longe.

Acompanhe tudo sobre:ComportamentoEdição 177gestao-de-negociosLiderança

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Carreira

Mais na Exame