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Para sair do óbvio junto com 27 executivos de RH

Vinte e sete executivos de recursos humanos se reuniram para falar sobre práticas que realmente fazem sentido em uma gestão de pessoas inovadora

Para sair do óbvio (Ilustração Pedro Handam)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 18h25.

No ano passado, a Philips enviou 15 executivos do Sudeste para viverem uma experiência bastante diferente. Rumo ao Nordeste, cada um dos profissionais passou uma semana em uma casa de família das classes C e D. Do café da manhã ao jantar, esses executivos viveram a realidade local e puderam observar como essas famílias utilizam e enxergam seus produtos. O investimento nessa ação foi de aproximadamente 10 000 reais por profissional. O resultado é imensurável. Alessandra Ginante, vice-presidente de recursos humanos da Philips e uma das executivas que participaram da experiência, conta que após as descobertas desse intercâmbio a marca Walita, ameaçada de extinção pela matriz, foi revitalizada. “Descobrimos, por exemplo, que o ferro preferido pela dona de casa nordestina é o simples, sem vapor e, de preferência, o vermelho”, diz Alessandra. Bem diferente dos produtos de aço escovado, os preferidos dos consumidores dos grandes centros e que eram aposta da empresa.

A experiência da Philips foi compartilhada no VOCÊ RH em Debate, encontro com 27 executivos de recursos humanos, em agosto deste ano, para discutir inovação em gestão de pessoas. O evento foi promovido pela Editora Abril em parceria com a LLH/DBM. Eleita como uma das melhores práticas para sair do óbvio — e realmente trazer resultados para o negócio —, o caso da Philips ilustrou como uma empresa pode combater a aversão ao risco e a cultura de conformidade ao viver uma nova realidade ou um novo papel. A ação da multinacional holandesa baseou-se na observação dos hábitos do seu cliente feita de perto não por uma consultoria de pesquisa, e sim pelo próprio funcionário. Mas ela pode acontecer de diversas formas. A Suzano e a Reckitt Benckiser têm experimentado algo parecido. Ambas promovem a troca de papéis entre funcionários e fornecedores (no caso da Suzano) e entre profissionais da mesma empresa, mas de outras funções (no caso da Reckitt).

Outras experiências inovadoras foram compartilhadas pelos principais líderes de recursos humanos do país. Sem seguir modismos e sem patinar em velhos discursos, esses executivos mostraram que têm buscado novos meios para pensar o futuro da gestão de pessoas. Quer promover os valores da sua companhia? Valorize as histórias e as indicações de seus empregados — uma ação que gera muito engajamento e custa bem pouco. Ahistória que seu funcionário conta sobre a empresa, o orgulho que ele tem de fazer parte dela, é um meio espontâneo e excelente para comunicar a essência da companhia. O mesmo acontece quando você promove a história de vida das lideranças em encontros em que a pauta não é o negócio, muito menos as metas. O objetivo dessa conversa é simplesmente falar da vida, de como você gerencia trabalho, filhos, casa etc. A GE e a Braskem têm provocado esse “jogo aberto”, e seus executivos dizem que o resultado não só melhora o clima mas também ajuda a entender melhor os novos contornos do trabalho e o papel que a empresa deve assumir para se ajustar às novas realidades.

Fazer com que o topo vá até a base foi outra ação destacada pelo grupo. É preciso tirar a liderança de seu castelo e promover sua aproximação com as filiais, com os clientes, com os fornecedores. E isso é papel sim do gestor de recursos humanos. Além de humanizar a liderança, essa ação ajuda a disseminar a estratégia da companhia e a promover a sensação de pertencimento do funcionário, atribuindo a ele um papel no alcance das metas e no crescimento da empresa. A lição foi passada por Fernando Salinas, diretor de RH da Johnson & Johnson Medical Brasil.

O RH em Debate durou oito horas, mas as conversas e as trocas de experiência renderam reflexões que devem ser feitas continuamente, no dia a dia. Só assim é possível fazer uma eficiente e definitivamente inovadora gestão de pessoas. Você está preparado para isso?

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No ano passado, a Philips enviou 15 executivos do Sudeste para viverem uma experiência bastante diferente. Rumo ao Nordeste, cada um dos profissionais passou uma semana em uma casa de família das classes C e D. Do café da manhã ao jantar, esses executivos viveram a realidade local e puderam observar como essas famílias utilizam e enxergam seus produtos. O investimento nessa ação foi de aproximadamente 10 000 reais por profissional. O resultado é imensurável. Alessandra Ginante, vice-presidente de recursos humanos da Philips e uma das executivas que participaram da experiência, conta que após as descobertas desse intercâmbio a marca Walita, ameaçada de extinção pela matriz, foi revitalizada. “Descobrimos, por exemplo, que o ferro preferido pela dona de casa nordestina é o simples, sem vapor e, de preferência, o vermelho”, diz Alessandra. Bem diferente dos produtos de aço escovado, os preferidos dos consumidores dos grandes centros e que eram aposta da empresa.

A experiência da Philips foi compartilhada no VOCÊ RH em Debate, encontro com 27 executivos de recursos humanos, em agosto deste ano, para discutir inovação em gestão de pessoas. O evento foi promovido pela Editora Abril em parceria com a LLH/DBM. Eleita como uma das melhores práticas para sair do óbvio — e realmente trazer resultados para o negócio —, o caso da Philips ilustrou como uma empresa pode combater a aversão ao risco e a cultura de conformidade ao viver uma nova realidade ou um novo papel. A ação da multinacional holandesa baseou-se na observação dos hábitos do seu cliente feita de perto não por uma consultoria de pesquisa, e sim pelo próprio funcionário. Mas ela pode acontecer de diversas formas. A Suzano e a Reckitt Benckiser têm experimentado algo parecido. Ambas promovem a troca de papéis entre funcionários e fornecedores (no caso da Suzano) e entre profissionais da mesma empresa, mas de outras funções (no caso da Reckitt).

Outras experiências inovadoras foram compartilhadas pelos principais líderes de recursos humanos do país. Sem seguir modismos e sem patinar em velhos discursos, esses executivos mostraram que têm buscado novos meios para pensar o futuro da gestão de pessoas. Quer promover os valores da sua companhia? Valorize as histórias e as indicações de seus empregados — uma ação que gera muito engajamento e custa bem pouco. Ahistória que seu funcionário conta sobre a empresa, o orgulho que ele tem de fazer parte dela, é um meio espontâneo e excelente para comunicar a essência da companhia. O mesmo acontece quando você promove a história de vida das lideranças em encontros em que a pauta não é o negócio, muito menos as metas. O objetivo dessa conversa é simplesmente falar da vida, de como você gerencia trabalho, filhos, casa etc. A GE e a Braskem têm provocado esse “jogo aberto”, e seus executivos dizem que o resultado não só melhora o clima mas também ajuda a entender melhor os novos contornos do trabalho e o papel que a empresa deve assumir para se ajustar às novas realidades.

Fazer com que o topo vá até a base foi outra ação destacada pelo grupo. É preciso tirar a liderança de seu castelo e promover sua aproximação com as filiais, com os clientes, com os fornecedores. E isso é papel sim do gestor de recursos humanos. Além de humanizar a liderança, essa ação ajuda a disseminar a estratégia da companhia e a promover a sensação de pertencimento do funcionário, atribuindo a ele um papel no alcance das metas e no crescimento da empresa. A lição foi passada por Fernando Salinas, diretor de RH da Johnson & Johnson Medical Brasil.

O RH em Debate durou oito horas, mas as conversas e as trocas de experiência renderam reflexões que devem ser feitas continuamente, no dia a dia. Só assim é possível fazer uma eficiente e definitivamente inovadora gestão de pessoas. Você está preparado para isso?

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