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Os principais erros dos estudantes brasileiros no exterior

Especialistas dão dicas de como aproveitar melhor o curso no exterior e evitar gafes

Fazer um curso no exterior pode ser um desafio cultural para muitos viajantes brasileiros (Getty Images)

Fazer um curso no exterior pode ser um desafio cultural para muitos viajantes brasileiros (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 13h11.

São Paulo - Pisar em terras estrangeiras para aprender uma nova língua é a meta de centenas de brasileiros que procuram cursos no exterior. Para quem tem um prazo de tempo curto para o aprendizado ou nunca estudou fora do país, alguns cuidados podem evitar que o objetivo da viagem não seja cumprido.

Veja quais são os principais erros dos viajantes brasileiros, apontados por especialistas:

1. Andar somente com brasileiros

Existem bilhões de pessoas do outro lado do oceano Atlântico, inclusive mais brasileiros. “Um erro muito comum do estudante no exterior é se aproximar de brasileiros, porque é natural procurar pela comunicação mais fácil e familiar”, explica Bárbara Lopes, consultora da Sprachcaffe International no Brasil.

Quem não tem fluência no novo idioma perderá a oportunidade de praticar com estrangeiros, enquanto aqueles que falam pouco não evoluirão muito na empreitada. “Fuja de brasileiros. Mesmo quem tem o conhecimento básico da nova língua precisa praticar da forma que for possível, é a tentativa de falar que torna o aprendizado em outro país mais potente”, aconselha Bárbara.

2. Não respeitar a diferença

O país de destino pode ser muito diferente da realidade a que o estudante está acostumado. O desafio é se ajustar à nova realidade e tirar proveito da experiência. Para Ana Beatriz Faulhaber, diretora da CP4, nem todo viajante entende que o respeito à outra cultura é parte do aprendizado em um curso no exterior.

“Assim como o viajante brasileiro não pode perder a oportunidade de conversar em outro idioma com os estrangeiros, ele precisa observar, entender e respeitar o diferente”, diz Ana Beatriz.

Isso significa, segundo a consultora, que o viajante deve pesquisar sobre os costumes do local para evitar gafes, principalmente relacionadas às roupas, eventos sociais e alimentação. Prezar pela pontualidade é bem visto pela maioria dos países e também pode evitar transtornos.

3. Não ler os manuais

Muita gente se perde entre os panfletos e kit de informação para estudantes. Pode parecer uma dica simples, mas nem todo mundo lê os manuais de instrução com a atenção necessária.

“Até mesmo por parte dos manuais estarem em outra língua, algumas pessoas deixam para ler depois ou têm preguiça de ler até o fim”, diz Ana Beatriz. O risco pode incluir desde perder excursões ou aulas até problemas maiores com a acomodação e documentos. “Nem tudo dá para resolver com o jeitinho brasileiro”, fala a consultora.

4. Ficar isolado no dia a dia

Assim como existem as pessoas que, diante do choque cultural, procuram apenas brasileiros para amizade, há também aqueles que se isolam por se sentirem sozinhos ou terem dificuldade em sem comunicar na outra língua. 


“É normal sentir dificuldades no início por estar fora da zona de conforto, mas evitar a convivência com outras pessoas só torna o aprendizado mais difícil”, aconselha Bárbara. 

5. Priorizar o turismo e não as aulas

Algumas pessoas aproveitam as férias para fazer um curso no exterior e se sentem frustradas com a falta de horários para fazer turismo. “Por isso é importante refletir sobre o objetivo da viagem ainda na fase de preparação para o curso, para depois não se arrepender de ter escolhido um intensivo, por exemplo”, sugere Bárbara.

A viagem também deve ser um momento de descontração e a maioria das escolas oferecem festas ou passeios aos fins de semana ou após as aulas. Segundo Bárbara, “dependerá do perfil do aluno analisar o que é bom para ele naquele momento e não perder a oportunidade de aprendizado”.

6. Exagerar na bagagem

Fazer as malas pode ser uma tarefa difícil para quem vai viajar pela primeira vez ao país de destino. O viajante deve estar atento ao clima da região e tentar levar uma quantidade pequena de roupas.

“O impulso inicial é colocar todas as roupas na bagagem, para estar preparado para qualquer tipo de ocasião”, alerta Ana Beatriz. Mais importante do que levar grande quantidade de roupas, é saber organizar de forma que seja possível fazer combinações e não pagar excesso de bagagem.

Em alguns momentos da viagem, poderá ser necessário carregar a bagagem sozinho e uma mala leve é a melhor opção. “Dá para evitar o desfile de roupas, até mesmo para deixar espaço para trazer de volta as possíveis compras feitas no exterior”, aconselha Ana Beatriz.
 

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