Os maiores “sinais de alerta” em funcionários, segundo CEO
Deryl McKissack, CEO de uma construtora em Washington D.C., identifica traços de personalidade que afetam a colaboração e o sucesso no trabalho
Redator na Exame
Publicado em 13 de agosto de 2024 às 13h19.
Deryl McKissack, CEO e fundadora da McKissack & McKissack, empresa de construção civil baseada em Washington D.C., compartilha sua experiência na identificação de comportamentos que considera prejudiciais no ambiente de trabalho. Aos 63 anos, McKissack lidera uma empresa que fatura US$ 25 milhões por ano (R$ 138 milhões), mas que enfrentou desafios significativos em suas primeiras décadas, principalmente devido a contratações inadequadas. As informações são da CNBC.
Segundo McKissack, três características em particular se destacam como sinais de alerta ao avaliar novos funcionários ou revisar o desempenho dos atuais. Esses sinais, se não identificados e abordados, podem impactar negativamente o ambiente de trabalho e o desempenho geral da equipe.
Ausência de integridade
Para McKissack, a integridade é a base de qualquer relação profissional.Ela observa que funcionários que não demonstram esse valor são um risco, especialmente aqueles em posições de liderança que não reconhecem o trabalho de suas equipes. A falta de transparência e a apropriação do crédito alheio são comportamentos que, além de antiéticos, comprometem a confiança e a colaboração dentro da empresa.
Este traço é amplamente reconhecido como problemático em ambientes corporativos. Profissionais de liderança, como Heidi K. Gardner, da Harvard Law School, apontam que a integridade é essencial para manter o respeito e a confiança entre os colegas, sendo uma característica indispensável para o sucesso coletivo.
Personalidades difíceis no ambiente de trabalho
A capacidade de se relacionar bem com os outros é crucial em qualquer equipe.McKissack enfatiza que funcionários com personalidades difíceis de lidar podem criar um ambiente de trabalho negativo, afetando a dinâmica da equipe. Ela acredita que, se ela própria não aprecia a companhia de um funcionário, é provável que outros também não gostem, incluindo clientes.
Uma personalidade agradável pode ser mais valiosa do que habilidades técnicas em certas situações. Steve Adcock, empreendedor e milionário autossuficiente, afirma que a personalidade é um dos principais fatores que impulsionam o sucesso na carreira, muitas vezes superando até mesmo a competência técnica.
Falta de alinhamento com a cultura da empresa
McKissack estabelece uma filosofia clara para sua empresa, resumida em três palavras: humildade, ambição e inteligência. Inspirada no livro "The Ideal Team Player" de Patrick Lencioni, ela busca esses valores em todos os seus funcionários.A CEO acredita que aqueles que não compartilham desses princípios tendem a prejudicar o ambiente de trabalho e a missão da empresa.
Esse foco em valores alinhados ajudou McKissack a superar períodos de estagnação e a construir uma equipe coesa e motivada. Ela percebeu que, ao promover uma missão que vai além dos objetivos financeiros, incluindo o impacto social positivo, a empresa alcançou um crescimento mais sólido e sustentável.