Carreira

Em 1 ano, crise derruba salários em bancos de investimentos

Segundo levantamento da Robert Half, mercado de trabalho em geral teve uma valorização salarial de 20% nos últimos 12 meses

Dinheiro (Germano Luders)

Dinheiro (Germano Luders)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 18h27.

São Paulo – Nos últimos doze meses, os profissionais do setor financeiro que atuam nas linhas de negócios de bancos de investimentos foram os que mais sentiram, no bolso, os efeitos dos solavancos da economia internacional.

É o que revela análise da consultoria Robert Half com dados compilados em sua última pesquisa de salários. De acordo com Fábio Saad, gerente sênior das divisões de Finanças e Contabilidade e Mercado Financeiro da consultoria, em média, o pacote de remuneração oferecido para esses profissionais caiu cerca de 30%.

“O mercado financeiro, como um todo, é ligado lá fora. Com a crise na Europa, o impacto acontece aqui também”, afirma. “Mas na economia real, isso ainda não foi refletido. A indústria, como um todo, continua aquecida”.

Confira outras constatações da análise da Robert Half abaixo e os detalhes das faixas salariais pra quase 200 cargos em oito setores para os próximos 12 meses na Tabela de Salários.

Em alta

 O setor de Óleo & Gás continua como um dos mais aquecidos do mercado, segundo o levantamento. “Os salários dispararam. Há muita necessidade de mão de obra”, diz.

 O desembarque de novas operações no Brasil expandiu a demanda por profissionais nas áreas comercial & marketing, além de financeira & contábil. A faixa salarial para um diretor comercial com até 2 anos de experiência que atue em uma empresa de pequeno porte, por exemplo, varia de 18 mil a 25 mil reais.

 Por outro lado, a sofisticação do mercado de consumo brasileiro e a consequente profissionalização do setor impulsionou a busca por profissionais na área de inteligência de mercado. A área de vendas também em alta no ano passado, contudo, já apresenta sinais de retração no número de contratações neste ano.


 Destaque para o setor Jurídico. “Houve um aumento de 15% na migração de profissionais dos escritórios de advocacia para as empresas”, conta Assad. Para quem aceitou este tipo de proposta, o aumento salarial foi de 20 % a 30%.

Em baixa (ou estável)

 A área de desenvolvimento de novas tecnologias teve seus momentos áureos no ano passado. Mas, agora, está em baixa. “Quando o mercado começa a se estabilizar, os profissionais que atuam em processos internos nas empresas e os analistas de negócios são os únicos que continuam valorizados”, afirma.

 Em comparação com o ano passado, alguns setores da engenharia enfrentam a mesma situação. "No ano passado, houve um movimento de grande ascensão do setor de construção civil, mas este ano está ruim para as incorporadoras", afirma. As obras ligadas a projetos de infraestrutura, no entanto, fogem a esta regra e continuam em alta.

Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosReajustes de preçosRemuneraçãoSalários

Mais de Carreira

Ambiente de laboratório: Veja como profissional remoto ou autônomo pode se sentir menos isolado

“Ter inteligência emocional é fundamental para chegar no lugar que deseja”, diz atleta olímpica

Conheça frases que podem te ajudar a lidar com pessoas difíceis no trabalho

Para além do LinkedIn: Geração Z busca agora vagas de emprego no Instagram – próximo alvo? TikTok

Mais na Exame