Onde aplicar 1.000, 3.000 e 5.000 reais
Há boas opções no mercado para os vários tamanhos de bolso. Saiba qual é a melhor aplicação para você
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2013 às 12h12.
São Paulo Do ponto de vista econômico, este é o melhor momento para quem deseja investir e aumentar sua renda nos próximos meses. No Brasil, apesar das medidas adotadas pelo Banco Central para conter a inflação, a economia deve continuar em trajetória de crescimento .
Já o cenário externo ainda é incerto e é preciso acompanhar os conflitos no Oriente Médio , a crise na Europa, o aperto monetário na China e os efeitos da catástrofe no Japão. “Mas o Brasil é uma ilha de prosperidade. Temos a Copa e as Olimpíadas e o emprego e renda estão bem”, diz Marcos Daré, diretor de investimentos do Bradesco, em São Paulo.
Para aproveitar o bom momento financeiro, a primeira coisa que você deve fazer é traçar qual seu objetivo, em quanto tempo espera alcançá-lo e, depois, definir sua estratégia de aplicações.
Para os menores valores e metas de curto prazo, os investimentos devem ser conservadores e com baixo risco. As pessoas que miram um futuro longínquo e têm mais grana para aplicar podem apostar na diversificação de investimentos e em aplicações de maior risco.
Antes de espalhar seu dinheiro pelo mercado financeiras você precisa se conhecer para saber se prefere investimentos de baixo, médio ou alto risco. Todos os bancos são obrigados a identificar qual é o perfil do cliente antes de dar sugestões.
“Quem tem pouco dinheiro pode selecionar a poupança, fundos DI ou Tesouro Direto”, diz Alexandre Assaf, professor de finanças pessoais da Universidade de São Paulo. O consultor e educador financeiro Mauro Calil concorda, mas não descarta a possibilidade de quem tem perfil mais agressivo começar a investir em produtos com maior risco.
Eles garantem maior rentabilidade, contudo, podem gerar perdas. “Se você é jovem e conhece finanças dá para iniciar com um fundo de ações ou carteira própria”, diz Edson Franco, superintendente de investimentos do Grupo Santander, em São Paulo.
1.000 reais
A poupança, os fundos DI, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e os títulos públicos vendidos por meio do Tesouro Direto são unanimidade entre os especialistas financeiros quando a quantia para começar a investir é de 1 000 reais. Essas opções priorizam a segurança do investidor em detrimento da rentabilidade.
Mas alguns bons ganhos podem ser conseguidos dependendo, principalmente, das taxas cobradas pelos bancos e dos prazos definidos na aplicação financeira.
O Tesouro Direto, criado pelo governo para que as pessoas físicas possam investir diretamente em títulos públicos, é a melhor opção para quem tem 1.000 reais, avalia o professor Alexandre Assaf. “Os fundos, porém, nunca oferecem um ganho maior do que 96% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) para pequenos aplicadores e ainda há a taxa de administração que é alta e come boa parte do investimento”, diz.
No momento, como a trajetória da taxa básica de juros, a Selic, que está em 11,75% ao ano, tem tendência de alta, os melhores títulos são os pós-fixados, em que o rendimento é definido no vencimento da transação financeira. Entre eles estão as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) e as Notas do Tesouro Nacional séries B e C (NTNs-B e C), que pagam juros mais a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Mesmo sendo um investimento seguro, não adianta colocar seu dinheiro em títulos públicos e não acompanhar de perto a aplicação. “O Tesouro Direito exige acompanhamento e disponibilidade para definir qual a melhor hora da compra e da venda dos papéis”, diz Sílvio Paixão, consultor de planejamento financeiro e investimentos da Novinvest, em São Paulo.
Quem não tem muito conhecimento do mercado nem afinidade com os negócios de finanças deve optar pelos fundos conservadores. “Há fundos DI e CDBs com boa rentabilidade se o prazo de aplicação for superior a três anos”, diz Edson Franco, do Grupo Santander.
No entanto, se você tiver certeza de que vai manter o dinheiro investido por menos de três anos, uma boa opção é a tradicional caderneta de poupança. A caderneta é o único investimento livre de Imposto de Renda (IR). As alíquotas do IR variam de 22,5% a 15% sobre o rendimento das aplicações financeiras, de acordo com o tempo de aplicação.
3.000 reais
As pessoas que têm 3.000 reais e querem diversificar suas aplicações para conseguir um ganho mais alto têm de assumir um pouco de risco. Uma boa opção são os fundos de ações de dividendos. “No início não se percebe, mas a partir do terceiro ou quarto ano, o ganho passa a ser de 11% a 12%, mesmo com taxas de administração altas de 3% a 4% ao ano”, afirma Mauro Calil, educador financeiro, de São Paulo.
Se você pensa em comprar ações, Mauro ressalta que elas servem para quem tem investimentos no longo prazo e prova: nos últimos 12 meses, até fevereiro, o Ibovespa, índice que reúne os papéis mais negociados na bolsa, caiu mais de 5%. Já em cinco anos, com uma crise internacional grave no meio, a alta média do Ibovespa foi de 12,79% ao ano.
Se você gosta mesmo da renda variável e não quer comprar ações agora, uma alternativa são os fundos multimercado, que podem aplicar o dinheiro em renda variável e em cotas imobiliárias.
No entanto, saiba que a escolha do fundo, com maior ou menor participação nos mercados de risco, depende da duração de seu investimento. Mesmo as pessoas mais arrojadas devem manter uma parte da grana nos títulos públicos, que garantem mais segurança ao investidor.
Outra possibilidade é começar a investir em um plano de previdência complementar. Com 50 ou 100 reais por mês é possível aderir a um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou a um Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). As aplicações em fundos de previdência complementar podem ser deduzidas nas declarações completas do Imposto de Renda (IR).
5.000 reais
Q uem tem 5.000 reais para investir pode começar a pensar em formar uma carteira de ações. Mas, antes de arriscar, é preciso conhecer um pouco do mercado financeiro, gostar de acompanhar o noticiário econômico e estar disposto a seguir seu investimento dia a dia. “Não é para ficar o dia todo no computador, mas é o olho do dono que engorda o gado”, diz Mauro Calil.
Para fazer escolhas certeiras de ações, você deve analisar também o cenário internacional, acompanhar indicadores macroeconômicos, como a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), a trajetória da inflação e as taxas de juros. Com esse dados, é possível avaliar se o momento econômico pode beneficiar as empresas nacionais, analisar o desempenho dos setores e escolher os papéis mais promissores.
Nas corretoras de valores há muita informação disponível para os clientes sobre o mercado acionário. Várias delas também oferecem cursos para quem quer aprender a operar e a investir em papéis. “Uma boa estratégia para as pessoas que estão começando é aplicar em um fundo de ações enquanto estuda o funcionamento desse mercado”, diz o educador financeiro Mauro Calil.
Para escolher uma corretora, você deve considerar os custos de corretagem — uma taxa que é cobrada a cada operação feita — e os valores da custódia, que é mensal e exigido pela corretora para armazenar as ações. Vale lembrar que o IR para esse tipo de investimento é de 15% sobre o ganho de capital. Os dividendos são isentos e a tributação dos juros sobre capital é descontada na fonte.
São Paulo Do ponto de vista econômico, este é o melhor momento para quem deseja investir e aumentar sua renda nos próximos meses. No Brasil, apesar das medidas adotadas pelo Banco Central para conter a inflação, a economia deve continuar em trajetória de crescimento .
Já o cenário externo ainda é incerto e é preciso acompanhar os conflitos no Oriente Médio , a crise na Europa, o aperto monetário na China e os efeitos da catástrofe no Japão. “Mas o Brasil é uma ilha de prosperidade. Temos a Copa e as Olimpíadas e o emprego e renda estão bem”, diz Marcos Daré, diretor de investimentos do Bradesco, em São Paulo.
Para aproveitar o bom momento financeiro, a primeira coisa que você deve fazer é traçar qual seu objetivo, em quanto tempo espera alcançá-lo e, depois, definir sua estratégia de aplicações.
Para os menores valores e metas de curto prazo, os investimentos devem ser conservadores e com baixo risco. As pessoas que miram um futuro longínquo e têm mais grana para aplicar podem apostar na diversificação de investimentos e em aplicações de maior risco.
Antes de espalhar seu dinheiro pelo mercado financeiras você precisa se conhecer para saber se prefere investimentos de baixo, médio ou alto risco. Todos os bancos são obrigados a identificar qual é o perfil do cliente antes de dar sugestões.
“Quem tem pouco dinheiro pode selecionar a poupança, fundos DI ou Tesouro Direto”, diz Alexandre Assaf, professor de finanças pessoais da Universidade de São Paulo. O consultor e educador financeiro Mauro Calil concorda, mas não descarta a possibilidade de quem tem perfil mais agressivo começar a investir em produtos com maior risco.
Eles garantem maior rentabilidade, contudo, podem gerar perdas. “Se você é jovem e conhece finanças dá para iniciar com um fundo de ações ou carteira própria”, diz Edson Franco, superintendente de investimentos do Grupo Santander, em São Paulo.
1.000 reais
A poupança, os fundos DI, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e os títulos públicos vendidos por meio do Tesouro Direto são unanimidade entre os especialistas financeiros quando a quantia para começar a investir é de 1 000 reais. Essas opções priorizam a segurança do investidor em detrimento da rentabilidade.
Mas alguns bons ganhos podem ser conseguidos dependendo, principalmente, das taxas cobradas pelos bancos e dos prazos definidos na aplicação financeira.
O Tesouro Direto, criado pelo governo para que as pessoas físicas possam investir diretamente em títulos públicos, é a melhor opção para quem tem 1.000 reais, avalia o professor Alexandre Assaf. “Os fundos, porém, nunca oferecem um ganho maior do que 96% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) para pequenos aplicadores e ainda há a taxa de administração que é alta e come boa parte do investimento”, diz.
No momento, como a trajetória da taxa básica de juros, a Selic, que está em 11,75% ao ano, tem tendência de alta, os melhores títulos são os pós-fixados, em que o rendimento é definido no vencimento da transação financeira. Entre eles estão as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) e as Notas do Tesouro Nacional séries B e C (NTNs-B e C), que pagam juros mais a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Mesmo sendo um investimento seguro, não adianta colocar seu dinheiro em títulos públicos e não acompanhar de perto a aplicação. “O Tesouro Direito exige acompanhamento e disponibilidade para definir qual a melhor hora da compra e da venda dos papéis”, diz Sílvio Paixão, consultor de planejamento financeiro e investimentos da Novinvest, em São Paulo.
Quem não tem muito conhecimento do mercado nem afinidade com os negócios de finanças deve optar pelos fundos conservadores. “Há fundos DI e CDBs com boa rentabilidade se o prazo de aplicação for superior a três anos”, diz Edson Franco, do Grupo Santander.
No entanto, se você tiver certeza de que vai manter o dinheiro investido por menos de três anos, uma boa opção é a tradicional caderneta de poupança. A caderneta é o único investimento livre de Imposto de Renda (IR). As alíquotas do IR variam de 22,5% a 15% sobre o rendimento das aplicações financeiras, de acordo com o tempo de aplicação.
3.000 reais
As pessoas que têm 3.000 reais e querem diversificar suas aplicações para conseguir um ganho mais alto têm de assumir um pouco de risco. Uma boa opção são os fundos de ações de dividendos. “No início não se percebe, mas a partir do terceiro ou quarto ano, o ganho passa a ser de 11% a 12%, mesmo com taxas de administração altas de 3% a 4% ao ano”, afirma Mauro Calil, educador financeiro, de São Paulo.
Se você pensa em comprar ações, Mauro ressalta que elas servem para quem tem investimentos no longo prazo e prova: nos últimos 12 meses, até fevereiro, o Ibovespa, índice que reúne os papéis mais negociados na bolsa, caiu mais de 5%. Já em cinco anos, com uma crise internacional grave no meio, a alta média do Ibovespa foi de 12,79% ao ano.
Se você gosta mesmo da renda variável e não quer comprar ações agora, uma alternativa são os fundos multimercado, que podem aplicar o dinheiro em renda variável e em cotas imobiliárias.
No entanto, saiba que a escolha do fundo, com maior ou menor participação nos mercados de risco, depende da duração de seu investimento. Mesmo as pessoas mais arrojadas devem manter uma parte da grana nos títulos públicos, que garantem mais segurança ao investidor.
Outra possibilidade é começar a investir em um plano de previdência complementar. Com 50 ou 100 reais por mês é possível aderir a um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou a um Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). As aplicações em fundos de previdência complementar podem ser deduzidas nas declarações completas do Imposto de Renda (IR).
5.000 reais
Q uem tem 5.000 reais para investir pode começar a pensar em formar uma carteira de ações. Mas, antes de arriscar, é preciso conhecer um pouco do mercado financeiro, gostar de acompanhar o noticiário econômico e estar disposto a seguir seu investimento dia a dia. “Não é para ficar o dia todo no computador, mas é o olho do dono que engorda o gado”, diz Mauro Calil.
Para fazer escolhas certeiras de ações, você deve analisar também o cenário internacional, acompanhar indicadores macroeconômicos, como a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), a trajetória da inflação e as taxas de juros. Com esse dados, é possível avaliar se o momento econômico pode beneficiar as empresas nacionais, analisar o desempenho dos setores e escolher os papéis mais promissores.
Nas corretoras de valores há muita informação disponível para os clientes sobre o mercado acionário. Várias delas também oferecem cursos para quem quer aprender a operar e a investir em papéis. “Uma boa estratégia para as pessoas que estão começando é aplicar em um fundo de ações enquanto estuda o funcionamento desse mercado”, diz o educador financeiro Mauro Calil.
Para escolher uma corretora, você deve considerar os custos de corretagem — uma taxa que é cobrada a cada operação feita — e os valores da custódia, que é mensal e exigido pela corretora para armazenar as ações. Vale lembrar que o IR para esse tipo de investimento é de 15% sobre o ganho de capital. Os dividendos são isentos e a tributação dos juros sobre capital é descontada na fonte.