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Olimpíadas e Copa do Mundo estimulam Marketing Esportivo, diz Patrick Nally

Considerado o pai do marketing esportivo, o britânico Patrick Nally conversou com a EXAME.com sobre a profissão e as perspectivas para os brasileiros

Copa do Mundo de 2014 (Flickr)

Copa do Mundo de 2014 (Flickr)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 13h49.

Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 11h49.

São Paulo – O fato de o Brasil ser sede de grandes eventos como os próximos Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de 2014 já movimenta diversos setores no país, especialmente os voltados à engenharia civil e turismo. Uma área que também promete forte crescimento e oportunidades de emprego, porém, é a do marketing esportivo – pouco explorada aqui por terras tupiniquins.

“O profissional do marketing esportivo pode trabalhar em eventos esportivos, federações, times e clubes e ainda em empresas patrocinadoras esportivas”, explica Patrick Nally, CEO e cofundador da West Nally, que já fez parcerias com a FIFA (Federação Internacional de Futebol) e o COI (Comitê Olímpico Internacional), responsáveis, respectivamente, pela Copa do Mundo de futebol e pelas Olimpíadas.

As áreas de trabalho também são muito diversas: pesquisa, promoção, ajuda legal, finanças, hospitalidade, segurança e patrocínio, entre outros. E falta gente no Brasil para todos eles. “Faltam, também, cursos específicos para que os jovens já entendam o mercado esportivo”, diz Nally, em visita ao país para participar do Fórum Arena de Marketing Esportivo.

Para quem tem interesse na área, o mercado é bastante promissor. Além da Copa e das Olimpíadas, o Brasil tem espaço para investimentos nos chamados “esportes mentais”, que são a grande aposta de Nally para o país. “Eles consistem em esportes como pôquer e xadrez, por exemplo. Dá para jogar online, as redes sociais ajudam na popularização e falta muito marketing na área”, conta o especialista. Outros esportes, principalmente lutas como o UFC, também se tornam mais populares e abrem espaço para patrocínios e eventos.

O próprio futebol ainda está longe de ter seu mercado saturado no país. Os clubes brasileiros têm problemas estruturais e baixo arrecadamento se comparados aos milionários europeus. “Falta responsabilidade, controle, gerenciamento de recursos e fiscalização. O Brasil tem muito potencial. Falta marketing”, explica Nally. Para ele, esse é o momento para o país alcançar as cifras milionárias europeias.

“O Brasil precisa de estrutura, mas em dois ou três anos é possível elevar o nível do Campeonato Brasileiro para a Premier League (campeonato inglês). E lá, cada clube tem cerca de 15 a 20 profissionais no marketing. Multiplica isso pela quantidade de clubes só da Série A do Brasileirão. Isso é muito emprego sendo criado”, prevê o britânico.

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