O que fazer quando você não se encaixa no ambiente de trabalho
Como agir quando as regras de comportamento da empresa não coincidem com a sua personalidade
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2011 às 11h23.
São Paulo – O dever de casa foi feito e você sabe tudo sobre o perfil da empresa, o que ela valoriza e o que espera de cada profissional. Mas, no dia-a-dia, você ainda se sente deslocado da cultura prática da companhia?
As constantes comemorações de aniversário o irritam? A cobrança e competição excessiva são atitudes que vão contra os seus valores? A burocracia excessiva tira você do sério? Ou é a extrema desorganização que o incomoda? O que fazer quando você percebe que não se enquadra com a cultura organizacional da sua empresa?
Para Agni Melo, consultora de etiqueta empresarial, em qualquer empresa é comum que algumas regras são subentendidas e só são “aprendidas” com o decorrer do tempo. “Todo mundo tem direito de gostar ou não de algo”, afirma. “Mas na hora de recusar participar de algum evento, é necessário pensar nos objetivos profissionais e na convivência em grupo no trabalho”.
“Tive uma experiência na área comercial de uma empresa e todos achavam que o pessoal da área saía para jantar todo dia em lugar caro. Não deixava de ser verdade, mas fazer isso todo dia e chegar só às 23h em casa, cansava. Fazia parte do trabalho, mas é compreensível que algumas pessoas simplesmente não conseguem lidar com isso”, explica José Carlos Bastos, sócio-diretor da Total Consultoria.
Para ele, o profissional tem que focar na carreira e refletir sobre suas escolhas: o que ele deixa de fazer às vezes pode custar uma promoção ou até mesmo o emprego.
O que fazer?
Adaptar
Para os especialistas, o primeiro passo é o profissional identificar colegas de trabalho que aparentam ter o mesmo tipo de personalidade que ele. Em seguida, observar como eles se comportam em determinadas situações. Dessa maneira, mesmo sendo diferente da equipe, o profissional não se isolará do grupo.
“O ideal é buscar um equilíbrio. Quando algumas atitudes vão contra os valores fundamentais da pessoa, vai chegar num ponto em que vai ser ruim para ele pessoalmente e profissionalmente. O esforço para mudar e adaptar vale desde que os hábitos e características não confrontem com as características do profissional”, aconselha Bastos.
Recusar
Caso você não queira se juntar aos seus colegas de trabalho em um happy hour ou festa, por exemplo, Agni recomenda recusar de forma cordial e explicar o motivo pela ausência. “Não é mentir e nem falsear, mas sim lidar de uma forma cordial, mesmo que as atividades não sejam do interesse do profissional”, explica.
Entretanto, Bastos alerta que é importante analisar até que ponto as suas diferenças vão interferir no trabalho. Segundo ele, algumas atividades, que ultrapassam a jornada de trabalho, mas que são essenciais para manter contato com o cliente, por exemplo, são compromissos eternos e que estão subtendidos no cargo e recusar pode não ser bem visto.
“É preciso uma análise antes de aceitar esse tipo de cargo, pois o profissional pode sofrer com isso depois”, diz ele.
Ajuda
“Para alguns talvez seja necessário buscar ajuda de um coaching, ir ao RH, conversar com o superior imediato, no sentido de se aproximar mais do grupo. Os indivíduos têm gostos, características próprias e estilos diferentes”, explica Bastos.
Entretanto, ele afirma que quando a adaptação ou a convivência vira “sacrifício”, o profissional tem que entender que a situação não é favorável nem para ele e nem para a empresa. Em médio prazo, o stress aumenta e o desgaste começa a corroer o profissional.
São Paulo – O dever de casa foi feito e você sabe tudo sobre o perfil da empresa, o que ela valoriza e o que espera de cada profissional. Mas, no dia-a-dia, você ainda se sente deslocado da cultura prática da companhia?
As constantes comemorações de aniversário o irritam? A cobrança e competição excessiva são atitudes que vão contra os seus valores? A burocracia excessiva tira você do sério? Ou é a extrema desorganização que o incomoda? O que fazer quando você percebe que não se enquadra com a cultura organizacional da sua empresa?
Para Agni Melo, consultora de etiqueta empresarial, em qualquer empresa é comum que algumas regras são subentendidas e só são “aprendidas” com o decorrer do tempo. “Todo mundo tem direito de gostar ou não de algo”, afirma. “Mas na hora de recusar participar de algum evento, é necessário pensar nos objetivos profissionais e na convivência em grupo no trabalho”.
“Tive uma experiência na área comercial de uma empresa e todos achavam que o pessoal da área saía para jantar todo dia em lugar caro. Não deixava de ser verdade, mas fazer isso todo dia e chegar só às 23h em casa, cansava. Fazia parte do trabalho, mas é compreensível que algumas pessoas simplesmente não conseguem lidar com isso”, explica José Carlos Bastos, sócio-diretor da Total Consultoria.
Para ele, o profissional tem que focar na carreira e refletir sobre suas escolhas: o que ele deixa de fazer às vezes pode custar uma promoção ou até mesmo o emprego.
O que fazer?
Adaptar
Para os especialistas, o primeiro passo é o profissional identificar colegas de trabalho que aparentam ter o mesmo tipo de personalidade que ele. Em seguida, observar como eles se comportam em determinadas situações. Dessa maneira, mesmo sendo diferente da equipe, o profissional não se isolará do grupo.
“O ideal é buscar um equilíbrio. Quando algumas atitudes vão contra os valores fundamentais da pessoa, vai chegar num ponto em que vai ser ruim para ele pessoalmente e profissionalmente. O esforço para mudar e adaptar vale desde que os hábitos e características não confrontem com as características do profissional”, aconselha Bastos.
Recusar
Caso você não queira se juntar aos seus colegas de trabalho em um happy hour ou festa, por exemplo, Agni recomenda recusar de forma cordial e explicar o motivo pela ausência. “Não é mentir e nem falsear, mas sim lidar de uma forma cordial, mesmo que as atividades não sejam do interesse do profissional”, explica.
Entretanto, Bastos alerta que é importante analisar até que ponto as suas diferenças vão interferir no trabalho. Segundo ele, algumas atividades, que ultrapassam a jornada de trabalho, mas que são essenciais para manter contato com o cliente, por exemplo, são compromissos eternos e que estão subtendidos no cargo e recusar pode não ser bem visto.
“É preciso uma análise antes de aceitar esse tipo de cargo, pois o profissional pode sofrer com isso depois”, diz ele.
Ajuda
“Para alguns talvez seja necessário buscar ajuda de um coaching, ir ao RH, conversar com o superior imediato, no sentido de se aproximar mais do grupo. Os indivíduos têm gostos, características próprias e estilos diferentes”, explica Bastos.
Entretanto, ele afirma que quando a adaptação ou a convivência vira “sacrifício”, o profissional tem que entender que a situação não é favorável nem para ele e nem para a empresa. Em médio prazo, o stress aumenta e o desgaste começa a corroer o profissional.