O que é obrigatório e o que é desnecessário no seu currículo
Confira as informações que sete recrutadores consideram obrigatórias no currículo e o que eles afirmam ser totalmente desnecessário no documento
Valéria Bretas
Publicado em 24 de julho de 2015 às 06h01.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h37.
São Paulo – Um currículo bem formatado, organizado e atualizado é o primeiro passo para impressionar um recrutador. Afinal, é este o documento que pode abrir ou fechar as portas da sala de entrevista de emprego . E esta decisão é tomada em segundos pelo entrevistador. Segundo Rafael Souto da consultoria de carreira Produtive, o tempo que uma empresa contratante leva para avaliar as primeiras informações de um currículo é inferior a um minuto. Ou seja, um dado mal colocado pode aumentar o risco de eliminação no processo seletivo ou até mesmo levar o currículo, de cara, para o lixo. Dos sete especialistas em recrutamento ouvidos por EXAME.com, todos afirmam que fotos e adjetivos (como carismático, proativo, entre outros) são irrelevantes. Cinco deles destacaram a importância de um objetivo claro e direto no início do documento. Confira, nas fotos, as orientações sobre o que é desnecessário e o que é essencial no currículo.
O que não pode faltar: Experiência profissional em ordem cronológica – a mais recente sempre no topo. Passagens mais antigas não são tão relevantes. O que é totalmente dispensável: Foto. É extremamente desnecessário colocar fotografia no currículo - ao menos que seja solicitado.
O que não pode faltar: Em caso de graduação completa é preciso inserir o nome da instituição de ensino e a cidade. Omitir, por não considerar uma universidade de ponta, passa uma imagem ruim. Nesse caso, o peso de uma pós ou um MBA é muito maior. O que é totalmente dispensável: Características pessoais. Colocar essa percepção sobre si mesmo pode não condizer com a realidade e pode soar amadorismo. O perfil comportamental do candidato será comprovado por suas experiências profissionais e durante a entrevista.
O que não pode faltar: Atualização constante do grau de idioma. De tempos em tempos é importante que o candidato faça testes para avaliar a própria proficiência na língua estrangeira. O que é totalmente dispensável: Incluir cursos em geral e graduação incompleta.
O que não pode faltar: Mês e ano de permanência em cada empresa. Conhecer a estabilidade do candidato é de extrema relevância e omitir esse dado pode pegar muito mal. O que é totalmente dispensável: Pretensão salarial. Essa é uma informação que o recrutador pode vir a questionar, mas no currículo é irrelevante.
O que não pode faltar: Resultados. Descrever os destaques que trouxe para a empresa é um ponto que pode valorizar muito o currículo. Projetos implementados, aumento nas vendas, lançamentos de produtos e participação em estudos são alguns exemplos. O que é totalmente dispensável: Colocar vários cargos no objetivo é um pecado mortal e pode, definitivamente, eliminar o candidato de um processo.
O que não pode faltar: Fazer o exercício de pensar nas próprias realizações profissionais. O ideal é parar alguns dias para pensar nas experiências que já desenvolveu. Dessa forma, a redação sobre as atividades em cada empresa tende a ser mais sintética e verdadeira. O que é totalmente dispensável: Referências profissionais. Não é recomendado e nem necessário colocar esse tipo de dado. Porém, é importante ter em mãos os nomes e telefones dos superiores ou subordinados caso a empresa solicite.
O que não pode faltar: Revisão gramatical. Tratando-se de um documento, a competência pode ser colocada em dúvida – por esse motivo deve ser elaborado com muita calma e atenção. O que é totalmente dispensável: Trabalhos voluntários, crenças, hobby ou causas apoiadas pelo candidato. Essas são informações que só devem ser inseridas se tiverem relação direta com a vaga.
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