O que é o Klout e como ele pode influenciar sua carreira
Conheça a história de Sam Fiorella, que perdeu um emprego por não ter uma boa pontuação no serviço
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2012 às 13h55.
São Paulo - Você já ouviu falar no serviço Klout? O canadense Sam Fiorella já, e bastante. Ele não conseguiu um emprego em uma grande empresa de marketing por causa do serviço. “A entrevista estava indo muito bem até a entrevistadora me perguntar qual era minha pontuação no Klout”, conta Fiorella.
Sam Fiorella nunca tinha ouvido falar no site até descobrir que só tinha 35 pontos, de 100 possíveis. Uma semana depois, foi informado de que não havia passado para as próximas fases do processo seletivo. “Eles procuravam alguém com uma pontuação mais alta”, explica.
O Klout é um serviço online que mede a influência das pessoas nas redes sociais e confere a elas uma nota de 0 a 100. Qualquer um que tenha uma conta no Twitter automaticamente é ranqueado e quanto mais serviços você associar ao Klout (Facebook, Foursquare, LinkedIn, Google+ e outros), melhor ele vai poder medir sua influência.
A pontuação média no serviço é 20 e, quanto maior for esse número mais difícil de aumentá-lo. Dentre os maiores influenciadores no Klout, o destaque é o cantor Justin Bieber , com uma pontuação perfeita. O presidente norte-americano Barack Obama tem 94 pontos. Depois da fatídica entrevista de emprego ano passado, Fiorella conseguiu elevar sua pontuação para 75 – número excelente para “não-celebridades”.
A receita para aumentar a pontuação é simples: compartilhar conteúdo de interesse e interagir com outras pessoas influentes. “Eu estava online constantemente, sempre escrevendo e tuitando coisas que eu sabia que as pessoas iriam compartilhar. Também parei de falar com quem tinha ranking baixo”, conta Fiorella. O canadense acabou se tornando referência em mídias sociais e grande crítico do Klout.
Para Fiorella, a ferramenta tem dois grandes problemas. O primeiro é a inconsistência: “eles se dizem um padrão para medir influência, mas não é raro mudarem seus algoritmos”, explica. O segundo problema do Klout é que ele tenta medir quanto alguém é influente, mas não diz sobre quem essa influência é exercida. “De que adianta saber que o Justin Bieber tem pontuação 100 se eu quero, por exemplo, vender carros? Garotas adolescentes não compram carros, não importa quanto Bieber divulgar minha marca”, questiona.
A obsessão com o Klout também mudou a maneira como as pessoas se comunicam nas mídias sociais. “Eu deveria estar trabalhando enquanto me preocupava com minha pontuação”, conta Fiorella. Muitos “influenciadores” também deixaram de se comunicar nas redes sociais, com medo que sua pontuação caia caso eles interajam com alguém menos influente.
Apesar de qualquer um com um perfil no Twitter ter automaticamente uma pontuação no Klout, hoje já é possível se desligar do serviço, opção que não existia até pouco tempo. “Minha recomendação é que você não deixe uma empresa te julgar”, afirma Fiorella.
Um pouco de paranoia faz bem
Mesmo aqueles que escolherem sair do Klout precisam tomar cuidado com sua imagem na internet. O especialista alerta: “nada nas mídias sociais é privado”. Ou seja, mesmo que seu perfil no Facebook seja inteiro bloqueado, se um dos seus amigos compartilha uma foto sua, ela já se torna pública. “Antes de postar qualquer coisa, você tem de pensar se gostaria que sua mãe visse aquilo, ou seu chefe. A dica é pensar nas redes sociais como um ambiente de trabalho mais informal”, explica Fiorella.
Na internet, tudo aquilo que você posta ou compartilha e todas as pessoas com quem você se associa acabam fazendo parte da sua “marca pessoal”. Eventualmente as pessoas vão fazer uma busca pelo seu nome na internet e é preciso tomar cuidado com o que um futuro empregador, por exemplo, poderá encontrar. A questão não é mudar a maneira como você se comunica, mas sim criar filtros.
“Uma vez por semana eu checo tudo aquilo que postei. Também tenho filtros para ver se nenhum funcionário meu está fazendo algo online que possa danificar a imagem da minha empresa”, conta. Fiorella defende que não é possível desassociar sua marca pessoal da marca do lugar onde você trabalha. Nas redes sociais, as duas coisas são ligadas. Por isso, para o especialista, é necessário ser um pouco paranoico.
São Paulo - Você já ouviu falar no serviço Klout? O canadense Sam Fiorella já, e bastante. Ele não conseguiu um emprego em uma grande empresa de marketing por causa do serviço. “A entrevista estava indo muito bem até a entrevistadora me perguntar qual era minha pontuação no Klout”, conta Fiorella.
Sam Fiorella nunca tinha ouvido falar no site até descobrir que só tinha 35 pontos, de 100 possíveis. Uma semana depois, foi informado de que não havia passado para as próximas fases do processo seletivo. “Eles procuravam alguém com uma pontuação mais alta”, explica.
O Klout é um serviço online que mede a influência das pessoas nas redes sociais e confere a elas uma nota de 0 a 100. Qualquer um que tenha uma conta no Twitter automaticamente é ranqueado e quanto mais serviços você associar ao Klout (Facebook, Foursquare, LinkedIn, Google+ e outros), melhor ele vai poder medir sua influência.
A pontuação média no serviço é 20 e, quanto maior for esse número mais difícil de aumentá-lo. Dentre os maiores influenciadores no Klout, o destaque é o cantor Justin Bieber , com uma pontuação perfeita. O presidente norte-americano Barack Obama tem 94 pontos. Depois da fatídica entrevista de emprego ano passado, Fiorella conseguiu elevar sua pontuação para 75 – número excelente para “não-celebridades”.
A receita para aumentar a pontuação é simples: compartilhar conteúdo de interesse e interagir com outras pessoas influentes. “Eu estava online constantemente, sempre escrevendo e tuitando coisas que eu sabia que as pessoas iriam compartilhar. Também parei de falar com quem tinha ranking baixo”, conta Fiorella. O canadense acabou se tornando referência em mídias sociais e grande crítico do Klout.
Para Fiorella, a ferramenta tem dois grandes problemas. O primeiro é a inconsistência: “eles se dizem um padrão para medir influência, mas não é raro mudarem seus algoritmos”, explica. O segundo problema do Klout é que ele tenta medir quanto alguém é influente, mas não diz sobre quem essa influência é exercida. “De que adianta saber que o Justin Bieber tem pontuação 100 se eu quero, por exemplo, vender carros? Garotas adolescentes não compram carros, não importa quanto Bieber divulgar minha marca”, questiona.
A obsessão com o Klout também mudou a maneira como as pessoas se comunicam nas mídias sociais. “Eu deveria estar trabalhando enquanto me preocupava com minha pontuação”, conta Fiorella. Muitos “influenciadores” também deixaram de se comunicar nas redes sociais, com medo que sua pontuação caia caso eles interajam com alguém menos influente.
Apesar de qualquer um com um perfil no Twitter ter automaticamente uma pontuação no Klout, hoje já é possível se desligar do serviço, opção que não existia até pouco tempo. “Minha recomendação é que você não deixe uma empresa te julgar”, afirma Fiorella.
Um pouco de paranoia faz bem
Mesmo aqueles que escolherem sair do Klout precisam tomar cuidado com sua imagem na internet. O especialista alerta: “nada nas mídias sociais é privado”. Ou seja, mesmo que seu perfil no Facebook seja inteiro bloqueado, se um dos seus amigos compartilha uma foto sua, ela já se torna pública. “Antes de postar qualquer coisa, você tem de pensar se gostaria que sua mãe visse aquilo, ou seu chefe. A dica é pensar nas redes sociais como um ambiente de trabalho mais informal”, explica Fiorella.
Na internet, tudo aquilo que você posta ou compartilha e todas as pessoas com quem você se associa acabam fazendo parte da sua “marca pessoal”. Eventualmente as pessoas vão fazer uma busca pelo seu nome na internet e é preciso tomar cuidado com o que um futuro empregador, por exemplo, poderá encontrar. A questão não é mudar a maneira como você se comunica, mas sim criar filtros.
“Uma vez por semana eu checo tudo aquilo que postei. Também tenho filtros para ver se nenhum funcionário meu está fazendo algo online que possa danificar a imagem da minha empresa”, conta. Fiorella defende que não é possível desassociar sua marca pessoal da marca do lugar onde você trabalha. Nas redes sociais, as duas coisas são ligadas. Por isso, para o especialista, é necessário ser um pouco paranoico.
O ideal é escolher aquilo que você quer que as pessoas associem à sua marca pessoal. Pode ser um tópico (por exemplo, economia), uma característica (você é organizado) ou qualquer coisa que faça você se destacar. A partir daí, tenha certeza que a maior parte do conteúdo que você compartilhar nas redes sociais faça referência àquilo que é sua marca pessoal.
“Também é importante que você seja sempre positivo, mesmo quando discordar de algo”, explica Fiorella. “As pessoas querem trabalhar com gente que é feliz, ainda que crítica”.
O Twitter de Sam Fiorella é um exemplo disso. O canadense compartilha conteúdo da área de marketing, interage com os seguidores, retuita material que ele considera interessante e participa de debates pela rede social.
Com mais de 5 mil seguidores, é de se imaginar que a pontuação Klout dele aumentou ainda mais desde que alcançou 75 pontos. Só que não. Fiorella já avisa na biografia do Twitter que nem adianta tentar interagir com ele para aumentar pontuação em Klout. O estrategista se orgulha da pontuação zero, típica daqueles que optaram por sair do serviço.