O que é ensinado na secreta e exclusiva universidade Apple
Exclusiva para altos executivos, a escola de formação interna da Apple tem como missão disseminar a cultura da empresa e mostrar a importância da especialização
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2015 às 18h15.
Gênios não nascem, são feitos. Essa é a premissa por trás da escola de formação interna da Apple, a impenetrável Apple University, uma escola de negócios que reúne tantos executivos de elite quanto Harvard ou Yale. Seu reitor, Joel Podolny, tem trabalhado também para essas tradicionais universidades americanas.
Não há nenhuma menção à Apple University no site da Apple. Sua missão é ensinar os gestores sobre a cultura corporativa da empresa fundada por Steve Jobs. Os cursos são apenas por convite e destinados a gestores da empresa com cargo de diretor ou acima. A maioria dos participantes é formada por vice-presidentes ou vice-presidentes sêniores. Um gerente relativamente júnior pode até ser convidado, mas só participará de uma ou outra aula de uma classe. À medida que sobe na hierarquia, é possível ser convidado para duas ou três sessões.
Mas como os executivos são escolhidos para os cursos? Ninguém sabe ao certo, mas um participante que prefere não se identificar contou ao site Business Insider que os vice-presidentes sêniores da Apple escolhem os funcionários promissores e enviam um e-mail ao reitor com a sugestão. Os convites para os cursos vêm diretamente de Podolny.
As aulas duram geralmente algumas horas por dia, durante dois ou três dias, e são sempre presenciais. Elas acontecem no campus da Apple, na Califórnia, mas não na principal área do quartel general da empresa. As classes têm em média 15 ou 20 pessoas.
Veja um pouco do que se aprende na Apple University:
A história da Apple. A empresa parece entender que estudar sua história pode ajudar os funcionários a ter sucesso mesmo sem ser um gênio como era Steve Jobs. "A razão de Steve para a criação da universidade era a de manter a cultura após a sua morte", disse um participante. Algumas perguntas ajudam a entender melhor a empresa: "Como estamos organizados?", "Como evoluímos para ser o que somos hoje?" Há um grupo dedicado cujo trabalho é estudar a Apple em detalhes.
A importância da especialização. A Apple University ensina aos funcionários que eles estão na empresa para serem os melhores em uma tarefa específica. Um participante descreve a diretriz usando uma analogia com a tradicional cultura da relojoaria suíça: "Havia um cara cujo trabalho era fazer uma roda dentada, e ele fazia isso perfeitamente."
Lições de fora da empresa. A Apple também estuda outras empresas para saber como elas tiveram sucesso ou fracasso. Um participante contou que uma aula inteira foi dedicada à ascensão e queda da A&P, uma cadeia americana de supermercados que tinha 5 bilhões de dólares em vendas e 4.252 lojas em 1958. Em 2012, a rede escapou da falência e encolheu para 320 lojas.
A Apple University é uma escola de negócios com o modo Apple de ser: de alta qualidade e com atenção impecável aos detalhes.
Gênios não nascem, são feitos. Essa é a premissa por trás da escola de formação interna da Apple, a impenetrável Apple University, uma escola de negócios que reúne tantos executivos de elite quanto Harvard ou Yale. Seu reitor, Joel Podolny, tem trabalhado também para essas tradicionais universidades americanas.
Não há nenhuma menção à Apple University no site da Apple. Sua missão é ensinar os gestores sobre a cultura corporativa da empresa fundada por Steve Jobs. Os cursos são apenas por convite e destinados a gestores da empresa com cargo de diretor ou acima. A maioria dos participantes é formada por vice-presidentes ou vice-presidentes sêniores. Um gerente relativamente júnior pode até ser convidado, mas só participará de uma ou outra aula de uma classe. À medida que sobe na hierarquia, é possível ser convidado para duas ou três sessões.
Mas como os executivos são escolhidos para os cursos? Ninguém sabe ao certo, mas um participante que prefere não se identificar contou ao site Business Insider que os vice-presidentes sêniores da Apple escolhem os funcionários promissores e enviam um e-mail ao reitor com a sugestão. Os convites para os cursos vêm diretamente de Podolny.
As aulas duram geralmente algumas horas por dia, durante dois ou três dias, e são sempre presenciais. Elas acontecem no campus da Apple, na Califórnia, mas não na principal área do quartel general da empresa. As classes têm em média 15 ou 20 pessoas.
Veja um pouco do que se aprende na Apple University:
A história da Apple. A empresa parece entender que estudar sua história pode ajudar os funcionários a ter sucesso mesmo sem ser um gênio como era Steve Jobs. "A razão de Steve para a criação da universidade era a de manter a cultura após a sua morte", disse um participante. Algumas perguntas ajudam a entender melhor a empresa: "Como estamos organizados?", "Como evoluímos para ser o que somos hoje?" Há um grupo dedicado cujo trabalho é estudar a Apple em detalhes.
A importância da especialização. A Apple University ensina aos funcionários que eles estão na empresa para serem os melhores em uma tarefa específica. Um participante descreve a diretriz usando uma analogia com a tradicional cultura da relojoaria suíça: "Havia um cara cujo trabalho era fazer uma roda dentada, e ele fazia isso perfeitamente."
Lições de fora da empresa. A Apple também estuda outras empresas para saber como elas tiveram sucesso ou fracasso. Um participante contou que uma aula inteira foi dedicada à ascensão e queda da A&P, uma cadeia americana de supermercados que tinha 5 bilhões de dólares em vendas e 4.252 lojas em 1958. Em 2012, a rede escapou da falência e encolheu para 320 lojas.
A Apple University é uma escola de negócios com o modo Apple de ser: de alta qualidade e com atenção impecável aos detalhes.