Segundo a pesquisa da ZRG Partners, os CHROs possuem 26,3 anos de carreira e permanecem cerca de 9,5 anos em cada empresa (Dimitri Otis/Getty Images)
Repórter
Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 17h48.
Uma pesquisa conduzida pela ZRG Partners, empresa global especializada em soluções de capital humano, apresenta dados sobre o perfil do Chief Human Resources Officers (CHROs) no Brasil. Entre as 177 empresas avaliadas, traz informações sobre quem são e onde estão os executivos que lideram o RH – setor que está se tornando cada vez mais estratégico para os negócios.
A liderança feminina não apenas reflete uma mudança no panorama corporativo, mas também impulsiona transformações dentro das organizações. Com 85% dos CHROs reportando diretamente ao CEO, esses profissionais têm papel estratégico no alinhamento entre as políticas de gestão de pessoas e os objetivos do negócio.
Do total, 58% dos CHROs são mulheres, uma expressiva representatividade que sublinha o avanço em equidade de gênero nos últimos anos.
“Mulheres em cargos de liderança no RH estão transformando o cenário corporativo, promovendo maior equidade e reforçando a importância da diversidade como motor de inovação e crescimento”, afirma Denys Monteiro, CEO da ZRG Partners.
Entre os setores com maior concentração de CHROs, as indústrias lideram com 46%, refletindo o desafio de gerir pessoas em ambientes complexos e tecnologicamente dinâmicos. O setor de consumo aparece em seguida, com 21%, destacando-se pela necessidade de adaptação às tendências de comportamento do consumidor. Já o agronegócio, representando 14%, ressalta a importância da gestão de talentos em um segmento essencial para a economia brasileira.
Os CHROs no Brasil apresentam formação variada, com destaque para Administração (29,9%), Psicologia (23,2%) e Engenharia (12,4%). Essa pluralidade reflete a complexidade da área de Recursos Humanos, que requer habilidades analíticas, compreensão de negócios e conhecimento em comportamento humano.
Outro dado relevante é que 78,5% dos CHROs possuem experiência internacional, trazendo uma visão global para suas funções. Essa vivência permite maior flexibilidade e compreensão das práticas globais, contribuindo para a gestão em um mercado globalizado. Em média, esses profissionais possuem 26,3 anos de carreira e permanecem cerca de 9,5 anos em cada empresa, indicando estabilidade e comprometimento com o desenvolvimento de culturas organizacionais robustas.
Apesar de seu papel estratégico, apenas 19% dos CHROs atuam em conselhos ou comitês, indicando uma oportunidade de ampliar sua influência na governança corporativa. Ao ocupar esses espaços, o RH pode contribuir de maneira mais ativa para as decisões de negócios e para a sustentabilidade das organizações.