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Que qualidades tem o executivo triplo A?

Antecipação, ambiguidade e adaptabilidade são as características do executivo que deseja ter desempenho alto e qualidade de vida

"O executivo que conseguir reunir e praticar essas três competências poderá ter, realmente, não só um desempenho melhor, mas também mais qualidade de vida." (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 12h32.

São Paulo - Uma das palestras mais interessantes a que assisti recentemente foi a do indiano Dipak Jain, atual reitor do Insead, escola de negócios francesa, e ex-reitor da Kellogg School of Management, de Chicago, nos Estados Unidos. O professor focou sua apresentação nas habilidades que tornam o executivo diferenciado tanto do ponto de vista de desempenho como de qualidade de vida pessoal.

Esse equilíbrio é sempre muito difícil de ser atingido. As demandas do mundo profissional são crescentes, a conectividade faz com que quase todo mundo trabalhe no esquema de 24 horas por sete dias da semana. Esse ritmo alucinante nem é garantia de alta performance. Eu diria até que é insustentável no médio prazo.

Para o executivo moderno sobreviver e ser feliz, Jain usou uma figura que chamou de Executivo Triplo A. No caso, o triplo A significa habilidade de se antecipar, a coragem de lidar com a ambiguidade e a adaptabilidade a outras culturas.

O saber antecipar tem tudo a ver com a habilidade de diagnosticar cada situação com eficácia. Para poder fazer um bom diagnóstico, o executivo precisa desenvolver um modelo de análise que lhe dê conforto para encarar qualquer nova situação. Existem vários modelos de análise. Por exemplo, você pode fazer um diagnóstico separando fatos e opiniões.

O importante é escolher  um, praticar bastante e, diante de uma situação nova, fazer o diagnóstico rapidamente para poder se antecipar. Quanto a lidar com a ambiguidade, tão comum na vida moderna, o principal é aceitar que sempre pode haver duas interpretações para um mesmo problema.

Por exemplo, crescer e ser sustentável, aumentar vendas sem subir preços, diminuir despesas sem cortar pessoas. Nesses dilemas, a solução não é cartesiana.

A adaptabilidade a outras culturas é a essência de uma mentalidade global. O exercício de adaptar-se pode ocorrer dentro da própria empresa, no convívio com diferentes áreas organizacionais, estilos de liderança e até mesmo gerações.

O executivo que conseguir reunir e praticar essas três competências poderá ter, realmente, não só um desempenho melhor, mas também mais qualidade de vida. A questão é como adquiri-las. Aí, vale a pena lembrar o conceito: competência só se desenvolve por meio do enfrentamento de desafios. Você precisa se expor, precisa estar disponível e atento às oportunidades que se apresentam. Fique esperto.

Luiz Carlos Cabrera escreve sobre carreira. É professor da EAESP-FGV, diretor da AMROP Panelli Motta Cabrera e membro da Advisory Board da AMROP International

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São Paulo - Uma das palestras mais interessantes a que assisti recentemente foi a do indiano Dipak Jain, atual reitor do Insead, escola de negócios francesa, e ex-reitor da Kellogg School of Management, de Chicago, nos Estados Unidos. O professor focou sua apresentação nas habilidades que tornam o executivo diferenciado tanto do ponto de vista de desempenho como de qualidade de vida pessoal.

Esse equilíbrio é sempre muito difícil de ser atingido. As demandas do mundo profissional são crescentes, a conectividade faz com que quase todo mundo trabalhe no esquema de 24 horas por sete dias da semana. Esse ritmo alucinante nem é garantia de alta performance. Eu diria até que é insustentável no médio prazo.

Para o executivo moderno sobreviver e ser feliz, Jain usou uma figura que chamou de Executivo Triplo A. No caso, o triplo A significa habilidade de se antecipar, a coragem de lidar com a ambiguidade e a adaptabilidade a outras culturas.

O saber antecipar tem tudo a ver com a habilidade de diagnosticar cada situação com eficácia. Para poder fazer um bom diagnóstico, o executivo precisa desenvolver um modelo de análise que lhe dê conforto para encarar qualquer nova situação. Existem vários modelos de análise. Por exemplo, você pode fazer um diagnóstico separando fatos e opiniões.

O importante é escolher  um, praticar bastante e, diante de uma situação nova, fazer o diagnóstico rapidamente para poder se antecipar. Quanto a lidar com a ambiguidade, tão comum na vida moderna, o principal é aceitar que sempre pode haver duas interpretações para um mesmo problema.

Por exemplo, crescer e ser sustentável, aumentar vendas sem subir preços, diminuir despesas sem cortar pessoas. Nesses dilemas, a solução não é cartesiana.

A adaptabilidade a outras culturas é a essência de uma mentalidade global. O exercício de adaptar-se pode ocorrer dentro da própria empresa, no convívio com diferentes áreas organizacionais, estilos de liderança e até mesmo gerações.

O executivo que conseguir reunir e praticar essas três competências poderá ter, realmente, não só um desempenho melhor, mas também mais qualidade de vida. A questão é como adquiri-las. Aí, vale a pena lembrar o conceito: competência só se desenvolve por meio do enfrentamento de desafios. Você precisa se expor, precisa estar disponível e atento às oportunidades que se apresentam. Fique esperto.

Luiz Carlos Cabrera escreve sobre carreira. É professor da EAESP-FGV, diretor da AMROP Panelli Motta Cabrera e membro da Advisory Board da AMROP International

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