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O cachorro comeu meu relatório: como é o pet day na Roche

Alguns dos animais, caso os donos quisessem, podiam até participar de reuniões de negócios

Pet day: na Roche, o cachorro pode trabalhar (Roche/Divulgação)

Pet day: na Roche, o cachorro pode trabalhar (Roche/Divulgação)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 27 de setembro de 2019 às 14h38.

Última atualização em 30 de setembro de 2019 às 14h24.

São Paulo — Para a Roche, empresa suíça de produtos farmacêuticos, o termo "sextou" nunca foi tão real quanto nesta sexta-feira (26).

Desde o ínicio do expediente, quem entrava na sede da companhia, localizada no Jaguaré, zona oeste de São Paulo, se deparava com cerca de 80 cachorros espalhados pelo local. Alguns, caso os donos quisessem, poderiam até participar de reuniões de negócios.

E quais as principais recomendações para levar um bichinho? "Os donos precisam garantir que os animais estão vacinados e precisam trazer o alimento deles. Se eventualmente tiver focinheira, pode trazer. E, se o animal não for muito sociável, pense duas vezes", explica Cynthia Silva, coordenadora de recursos humanos da Roche.

O pet day da companhia é liberado para gatos e cachorros, mas os donos dos felinos preferem deixá-los em casa. Iguanas e passarinhos ainda não estão na lista de animais permitidos. "Cada pessoa pode trazer até dois pets. Uma vez, um funcionário me disse que não poderia trazer um cachorro e deixar o outro — então abrimos", diz.

O dono pode ficar com o animal ao lado durante o expediente, ou pode optar por deixá-lo em uma creche improvisada na sede da empresa. "A grande maioria chega com o cachorro, mostra para todo mundo no escritório e depois leva para a creche. Eles sentem orgulho em trabalhar com o cachorro", conta.

Pet Day na Roche

Segundo Cynthia, o pet day traz benefícios para os funcionários e os deixa mais engajados. "Fica um dia mais divertido para todos, mais solto, o humor do ambiente de trabalho muda. Os feedbacks informais apontam que eles ficam mais contentes", explica.

Uma pesquisa feita pelo Hospital Veterinário Banfield, realizada este ano nos Estados Unidos com mil funcionários e 200 líderes de RH, confirma: sete em cada 10 entrevistados consideram a presença de animais no trabalho extremamente positiva.

Para quem não gosta ou tem medo de animais, trabalhar de casa é a melhor opção. "A gente avisa com antecedência e fica ao critério do funcionário", garante Cynthia.

A iniciativa faz parte de um programa global voltado para os funcionários, batizado de "Wellbeing week" (Semana do Bem-Estar, em tradução livre), que acontece toda última semana do mês de setembro e conta com atrações diferentes para cada dia.

Neste ano, o tema escolhido para a semana foi "Relações Saudáveis". "Quisemos trazer a ideia de um relacionamento saudável não somente com pessoas, mas com o mundo, com os animais, com a alimentação, com o meio ambiente, então toda a semana foi construída para isso", afirma.

Este foi o segundo pet day realizado em 2019 pela Roche — no ano que vem, segundo Cynthia, a ideia é fazer três.

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