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O alvo dela é o pódio das Olimpíadas 2024: a história de Ana Luiza Caetano, do tiro com arco

A atleta já foi campeã brasileira por meio de grandes competições, como a Sul-Americana, Pan-América, além de ser ouro no mundial militar

Ana Luiza Caetano, atiradora com arco olímpica: “Falavam que eu não deveria levar esse esporte tão a sério, porque não era coisa de menina. É sempre um prazer mostrar para eles que isso não é verdade” (Redes Sociais /Reprodução)

Ana Luiza Caetano, atiradora com arco olímpica: “Falavam que eu não deveria levar esse esporte tão a sério, porque não era coisa de menina. É sempre um prazer mostrar para eles que isso não é verdade” (Redes Sociais /Reprodução)

Publicado em 26 de julho de 2024 às 15h49.

Última atualização em 26 de julho de 2024 às 15h58.

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Ana Luiza Caetano, de 21 anos, passou por uma transição de carreira. Ela já foi velejadora, mas foi no tiro com arco que se encontrou. “Pratico o tiro com arco há dez anos, mas o meu início no esporte foi por meio da vela. Desde os 7 anos já sonhava em participar dos Jogos Olímpicos. Foram no mínimo 14 anos construindo esse sonho.”

Para ela, participar das Olimpíadas neste ano é mais do que um sonho. Quando ela começou no esporte, não era comum ter meninas praticando essa modalidade.

“Fui a única menina da minha turma por muito tempo e sempre foi inspirador demais ver mulheres profissionais no alto rendimento. Hoje, ser uma delas e ver quanto a gente representa no esporte profissional é com certeza a sensação de um sonho.”

Como tudo começou?

A atleta começou o tiro com arco em 2014, por meio de um projeto de incentivo ao esporte na cidade de Maricá, Rio de Janeiro, onde treina até hoje.

“Foi o meu irmão mais velho que quis praticar e quando eu o trouxe para o treino foi amor à primeira vista”.

O maior dos desafios  

Um dos maiores desafios para Caetano foi ouvir por muito tempo familiares falando sobre quanto o esporte masculiniza. “Falavam que eu não deveria levar esse esporte tão a sério, porque não era coisa de menina. É sempre um prazer mostrar para eles que isso não é verdade.”

Outro grande desafio para a atiradora foi a falta de voz, não apenas por ser mulher, mas também por ser muito jovem. “Foi apenas com muito trabalho com a minha psicóloga e companheiros de equipe, um tanto quanto compreensivos, que aos poucos eu fui entendendo que minhas demandas são tão válidas quanto a de todos e elas não devem ser menosprezadas.”

O tiro certeiro

Caetano já foi campeã brasileira por meio de grandes competições, como a Sul-Americana, Pan-América, além de ser ouro no mundial militar. O ano de participar das Olimpíadas chegou, e em Paris ela espera mostrar que lugar de mulher também é no campo.

“O esporte é um mundo à parte onde é possível transformar sonhos em realidade por meio do seu esforço e dedicação. E as mulheres também podem e devem participar desse mundo”, diz. “Eu espero que por meio dessa visibilidade e dos resultados dos Jogos Olímpicos eu possa levar o meu esporte ao máximo de pessoas possível e mostrar aos meninos e às meninas que sonham em se tornar olímpicos quão fantástico o tiro com arco é. Talvez alguém se apaixone assim como eu.”

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